Marcelo confirma que está de relações cortadas com o filho há meses: "Sinto muita mágoa, mas não fui o determinante"

24 abr, 18:18

Chefe de Estado diz que o filho não lhe deu quaisquer explicações para o caso das gémeas

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira que está de relações cortadas com o filho, Nuno Rebelo de Sousa. Em causa está o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, numa situação revelada por uma investigação da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), e que confirmou que o filho de Marcelo Rebelo de Sousa tinha utilizado essa condição para favorecer duas meninas luso-brasileiras no recebimento de um tratamento para atrofia muscular espinhal tipo 1.

À saída do Largo do Carmo, onde esteve à margem das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o chefe de Estado reiterou que o filho lhe devia ter comunicado previamente o sucedido. Desde então que não fala com Nuno Rebelo de Sousa.

"Posso somar mais cinco/seis meses sem qualquer explicação", referiu, garantindo que não fala com o filho, nem sobre o caso das gémeas, nem sobre nada.

"Não, não falo, não falo em geral. Sinto muita mágoa pessoal, mas não fui o determinante", acrescentou.

O caso das duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro, e está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 4 de dezembro do ano passado, em declarações aos jornalistas, num auditório do Palácio de Belém, o Presidente da República confirmou que o seu filho, Nuno Rebelo de Sousa, o contactou por email em 2019 sobre o caso de duas gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal, que vieram a receber no Hospital de Santa Maria um dos medicamentos mais caros do mundo.

Nessa ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa deu conta de correspondência trocada na Presidência da República em resposta ao seu filho, enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR), e defendeu que deu a esse caso "o despacho mais neutral", igual a tantos outros.

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