Hugo Leal e a operação: «Terei quatro meses para preparar o regresso»

19 mar 2002, 10:08

Jogador diz que é preciso estar optimista O internacional português só deve voltar a jogar daqui por seis meses, mas diz que há situações piores que a sua.

Hugo Leal deve ser operado nesta terça-feira em Barcelona e vai parar pelo menos quatro meses, o que impossibilitará a sua presença na selecção nacional para a fase final do Europeu de sub-21, que se realiza de 16 a 28 de Maio. Mas o jogador do Paris Saint Germain encara a situação de forma positiva.

«É a minha primeira lesão grave. Mas sou jovem, e além disso não tinha alternativa. Quando tem de ser, não vale a pena hesitar. Terei quatro meses para preparar bem o meu regresso e, como Luís Fernandez após a sua suspensão, voltarei mais forte daqui a seis meses», afirmou o jogador em declarações ao site do Paris Saint Germain, numa alusão ao castigo imposto ao técnico do clube.

O jornalista pergunta ainda a Hugo Leal se o sonho de ir ao Mundial acabou, com esta lesão. «Sim, não estarei no Mundial mas vou preparar-me melhor para o Euro-2004, que terá lugar no meu país, em Portugal. É preciso estar optimista, há situações piores que a minha.»

Hugo Leal historia depois o processo que levou à decisão de avançar para a intervenção cirúrgica, depois da lesão, que ocorreu no passado dia 9 de Março, num jogo com o Lorient para a Taça de França. O jogador foi observado por um médico francês, que lhe diagnosticou uma entorse no ligamento lateral externo do joelho esquerdo e aconselhou a operação. Foi Hugo Leal que propôs depois ser observado em Barcelona.

«Na sexta-feira quando fui ver o professor Seillant andava bem. No entanto, no hospital, ele falou-me logo em intervenção cirúrgica. Eu falei-lhe do doutor Cugat, de Barcelona, que goza de uma boa reputação em Espanha. Já operou muitos jogadores. O professor Seillant disse-me evidentemente que não via inconvenientes, mas era necessário fazê-lo depressa», conta Hugo Leal.

O jogador viajou então para Espanha. «Ontem à noite (domingo), cheguei a Barcelona. Esta manhã encontrei o doutor Cugat, de quem me tinha falado o doutor Lorenzo Buenaventura, quando estava no Atlético Madrid. Causou-me muito boa impressão. Confirmou-me o diagnóstico do professor Seillant. Então disse-lhe: «è preciso operar, então vamos fazê-lo amanhã.» Ele disse-me: «OK». E pronto, estou a algumas horas da operação.»

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