O «onze» ideal num misto Benfica-Sporting

1 dez 2000, 19:20

A escolha dos jornalistas de Maisfutebol É daqueles exercícios que servem para alimentar discussões intermináveis, a poucas horas do início do «derby». Imagine que podia pegar no melhor dos dois grandes de Lisboa e construir um «onze» ideal. Maisfutebol não resistiu ao desafio. Veja os resultados.

Enke, Schmeichel ou Nélson? Beto ou Ronaldo? Acosta ou Van Hooijdonk - ou João Tomás? O exercício é especulativo e virtual, mas é daqueles que costumam levar os adeptos a perder algumas horas a trocar argumentos. Imagine, por uns instantes, que era possível fazer uma equipa misturando o que de melhor têm os grandes de Lisboa.  

Claro que haverá sempre os irredutíveis, aqueles para quem seria impensável colocar um jogador do inimigo que fosse na sua equipa de sonho. Mas descontando esses casos, poucos resistirão à tentação de desenhar o onze ideal antes do pontapé de saída para o derby.  

Maisfutebol também não resistiu. Tomando por base os pontos atribuídos pelos nossos jornalistas em cada jornada da I Liga (de 1 a 5), construímos não um, mas dois onzes ideais, tendo como critérios fundamentais a regularidade e a influência nos resultados das respectivas equipas. Em caso de igualdade, o número de golos marcados foi o primeiro factor escolhido para fazer o desempate. 

Primeira hipótese - Benfica 5, Sporting 6 

Assim, no primeiro caso, incluem-se apenas os jogadores com oito ou mais jogos efectuados na I Liga (dois terços do total, até agora), fazendo a respectiva média de pontos. Um critério que deixa de fora jogadores como Schmeichel, Nélson, Delfim, Pedro Barbosa, Dimas, Diogo Luís, Marchena, Miguel, Dani e Carlitos, mas que premeia, além da regularidade exibicional, a presença constante na equipa. 

O onze assim obtido - estruturado num sistema 4x2x3x1, mais próximo do utilizado pelos dois treinadores - seria o seguinte: 

Enke (Benfica) 12 jogos - 3,17 

César Prates (Sporting) 11 jogos - 3,18

Ronaldo (Benfica) 8 jogos - 3,25

André Cruz (Sporting) 12 jogos - 3,17

Rui Jorge (Sporting) 10 jogos - 2,90 

Paulo Bento (Sporting) 11 jogos - 3,19

Chano (Benfica) 9 jogos - 3,22  

Sá Pinto (Sporting) 11 jogos - 3,09

João Pinto (Sporting) 12 jogos - 2,83

Maniche (Benfica) 10 jogos - 3,10 

João Tomás (Benfica) 9 jogos - 3,37 

Um onze equilibrado, com a particularidade de Sá Pinto levar a melhor sobre Poborsky porque, tendo rigorosamente a mesma média no mesmo número de jogos, tem mais um golo marcado do que o checo. 

Segunda hipótese - Benfica 3, Sporting 8 

A segunda forma de encontrar o onze ideal não tem em conta a média de pontos, mas simplesmente o total alcançado por cada jogador nestas 12 jornadas. Um critério que exclui automaticamente os jogadores que não tenham alinhado em pelos menos 10 encontros.  

Neste caso, as dificuldades sentidas pelo Benfica para apresentar um onze constante (mudança de treinador, lesões sucessivas e casos de indisciplina interna) reflectem-se desfavoravelmente nos jogadores encarnados: apenas cinco superam a barreira dos 30 pontos, e destes, dois são ultrapassados por adversários directos do outro lado. Van Hooijdonk (33 pontos) é batido por Acosta (35 e mais 2 golos marcados), enquanto Poborsky perde para Sá Pinto pelas razões atrás explicadas. 

Eis o onze dos mais pontuados: 

Enke (Benfica) 38 pontos 

César Prates (Sporting) 35

Beto (Sporting) 34

André Cruz (Sporting) 38

Rui Jorge (Sporting) 29 

Paulo Bento (Sporting) 35

Fernando Meira (Benfica) 33 

Sá Pinto (Sporting) 34

João Pinto (Sporting) 34

Maniche (Benfica) 31 

Acosta (Sporting) 35

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