Unidade hospitalar já garantiu que "o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados"
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu esta segunda-feira um inquérito após o incêndio no Hospital de São João, no Porto, que provocou um morto e nove feridos, quatro deles em estado grave.
Cinco dos feridos são profissionais de saúde e também afetados pelo fogo, que deflagrou durante a tarde deste domingo, atingindo o piso 9 daquela unidade hospitalar, onde está inserido o serviço de pneumologia. Todos os doentes internados na ala de pneumologia foram transferidos para outros hospitais.
De acordo com o comunicado enviado pela IGAS, o processo vai ser conduzido por dois inspetores do Núcleo Regional do Norte daquela entidade, que iniciou este ano a realização de auditorias à capacidade de resposta dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em "situações de emergência, onde são avaliados os níveis de preparação e planeamento dos serviços de saúde para responder a situações de emergência" semelhantes à ocorrida este domingo, isto é, situações de emergência não previstas, desconhecidas e/ou de impacto relevante, mantendo a prestação dos cuidados de saúde.
A CNN Portugal confirmou junto de fonte hospitalar, ainda no decorreu da noite de domingo, que o fogo deflagrou após um doente ter acendido um isqueiro no interior do quarto onde estava internado.
O paciente estava ligado ao oxigénio, o que provocou a explosão da botija de O2. A vítima mortal é o paciente que ocupava a cama ao lado, apurou a CNN Portugal.
Em comunicado enviado ainda na noite de domingo, o Centro Hospitalar disse também que iria abrir um processo para apurar as circunstâncias do fogo e remetia esclarecimentos sobre a ocorrência para a tarde desta segunda-feira.
“As causas do incêndio estão a ser apuradas e será aberto um processo de averiguações interno”, acrescentou o comunicado, segundo o qual "o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados, possibilitando a deslocação dos doentes e dos profissionais, bem como o combate ao incêndio pelas equipas internas e pelas corporações de bombeiros", lê-se.
