Jogo desta tarde promete emoções fortes O acerto de calendário pode propiciar aos portistas ficarem a apenas quatro pontos do Boavista, o que anima a luta pelo título, sabendo-se que no próximo sábado o Sporting vai ao Estádio do Bessa. A polémica gerada pela ironia do destino, que colocou o Marítimo numa situação pendente da classificação dos portistas, tem sido o assunto mais falado. Está muita coisa em jogo: o título, o acesso à Taça UEFA e até uma possível presença dos madeirenses na Supertaça (caso o F.C. Porto seja campeão)
A polémica tem sido o factor mais relevante desde que tem sido abordado o jogo entre Marítimo e F.C. Porto, que terá lugar ao final da tarde de hoje (17h45), quase três meses depois da data em que deveria ter-se realizada.
Passou-se todo o período quaresmal, iniciado pela festa do carnaval e terminado pela reconciliação pascal. Só que os agentes do futebol não cumpriram a reflexão desejada e os ânimos só se exaltaram. Assim, por capricho de um sorteio das meias-finais da Taça, chegou-se a um enredo insólito, que só tem provocado dores de cabeça a quem pensa credibilizar o futebol português.
Por ironia do destino, ao Marítimo convém que o F.C. Porto seja campeão para ter acesso directo à Taça UEFA e ainda ter a possibilidade de disputar a Supertaça Cândido de Oliveira na próxima época, mas mesmo que os portistas fiquem em segundo lugar, a presença nas provas europeias será uma certeza ainda antes de ter de jogar a final da Taça de Portugal.
Mas, como dizem Fernando Santos e Nelo Vingada, «ninguém gosta de perder» e certamente que este jogo não poderá dar uma imagem de facilitismo por parte do Marítimo, pois serão muitos os algozes a pairar sobre as cabeças dos insulares. Nem mesmo as contrariedades latentes na equipa madeirense deverá servir de desculpa para um mau jogo, pois essa tem sido uma evidência ao longo da época.
Os portistas jogam muitas das suas ambições para o título no encontro de hoje, mas para o Marítimo há que perceber que o nada estará perdido se a derrota for o resultado, mesmo que a mnautenção ainda não esteja matematicamente garantida. Nelo Vingada continua sem poder contar com Lagorio, Eusébio, Zeca e Porfírio, que estão lesionados há bastante tempo, nem com os indisciplinados Bruno, Bakero e Musa Shannon, a quem se junta Iliev, que contraiu uma virose na véspera do jogo. Será difícil encontrar soluções, mas o treinador já estará habituado a esse tipo de ginástica.
Fernando Santos só terá uma dúvida, que é a recuperação física de Capucho. O extremo-direito não fez um único treino depois de ter sofrido uma entorse no jogo com o Salgueiros, pelo que é perfeitamente razoáves que fique de fora. Se tal se confirmar, Cândido Costa deverá voltar uma oportunidade para regressar à equipa. Equacionam-se, igualmente, os regressos de Ricardo Silva e Drulovic ao «onze».
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