EUA ordenam a familiares do seu pessoal diplomático que abandonem a Bielorrússia

Agência Lusa , AM
1 fev 2022, 06:15
Crise migratória na fronteira da Polónia com a Bielorrússia (ASSOCIATED PRESS)

Cidadãos norte-americanos também foram desaconselhados a viajar para o país

O Departamento de Estado norte-americano ordenou na segunda-feira que as famílias dos seus funcionários na embaixada bielorrussa deixassem o país tendo em conta "a concentração perturbadora e invulgar das forças militares russas na fronteira com a Ucrânia".

O Governo dos EUA também aconselhou os seus cidadãos a não viajarem para a Bielorrússia, um dos principais aliados da Rússia na região.

"Os cidadãos dos EUA em ou a considerar viajar para a Bielorrússia devem estar conscientes de que a situação é imprevisível e que as tensões na região são muito elevadas", disse o Departamento de Estado no seu website.

Nos últimos dias, a Rússia tem insistido que não tem qualquer intenção de invadir a Ucrânia, embora continue a realizar exercícios na fronteira e na Bielorrússia envolvendo dezenas de milhares de tropas, enquanto acusa o Ocidente de agitar o sentimento militarista com fornecimentos de armas.

O Governo dos EUA recebeu uma resposta escrita à carta que enviou a Moscovo na semana passada para abordar a situação na Ucrânia, disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano à agência noticiosa Efe, na segunda-feira.

"Podemos confirmar que recebemos uma resposta escrita da Rússia. Seria improdutivo negociar em público, pelo que deixaremos isso para a Rússia se quiserem falar mais sobre a sua resposta", disse a fonte, que solicitou o anonimato.

O porta-voz, que não revelou o conteúdo da carta, acrescentou que os EUA continuam "totalmente" empenhados no diálogo para resolver estas questões, ao mesmo tempo que continuam a consultar de perto os aliados e parceiros, incluindo a Ucrânia.

Na semana passada, Washington e a NATO responderam por escrito às exigências da Rússia em termos de garantias de segurança para desanuviar as tensões sobre a Ucrânia em respostas que Moscovo descreveu como "bastante confusas".

As garantias de segurança da Rússia incluem uma paragem na expansão da NATO, particularmente na Ucrânia e Geórgia, o fim de toda a cooperação militar com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada das tropas e armas da NATO para as suas posições anteriores a 1997.

Esta terça-feira o Secretário de Estado, Antony Blinken, deverá falar por telefone com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, no meio de tensões sobre a acumulação de tropas russas - cerca de 100.000 - perto da fronteira ucraniana.

A Casa Branca acredita que existe uma "possibilidade distinta" de a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro, embora o Governo ucraniano tenha minimizado este aviso, insistindo que não vê a situação a agravar-se para além do que já foi visto anteriormente.

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