União Europeia junta-se ao Reino Unido e EUA no anúncio de novas sanções contra a Bielorrússia

Agência Lusa , HCL
2 dez 2021, 17:39
Alexander Lukashenko

Aliados ocidentais prometem duras sanções económicas ao regime de Lukashenko e fazem ultimato à imigração ilegal para a Europa

Os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia (UE) e o Canadá anunciaram hoje novas sanções económicas contra o regime da Bielorrússia, acusado de "repetidas violações dos direitos humanos" e de facilitar a imigração ilegal para a Europa.

Continuamos comprometidos em apoiar as aspirações democráticas do povo da Bielorrússia e unimo-nos para impor custos ao regime - e àqueles que o apoiam - pelos seus esforços para silenciar as vozes da sociedade civil independente, dos ‘media’ e de todos os bielorrussos que procuram falar a verdade sobre o que está a acontecer no país”, escreveram os aliados numa declaração conjunta.

O documento faz uma dura crítica à atuação do regime do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e promete duras sanções económicas, acusando-o de estar a usar migrantes como armas políticas contra o Ocidente.

Exigimos, mais uma vez, ao regime de Lukashenko para que ponha fim imediata e integralmente à organização da migração irregular através das suas fronteiras com a UE", salientam os aliados.

Num comunicado do Departamento de Estado norte-americano, o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, lembra que esta á terceira vez que os aliados agem de forma concertada contra a Bielorrússia, acusando Lukashenko de “desrespeito pelos direitos humanos”.

Blinken explicou que o endurecimento das sanções demonstra “a nossa determinação inabalável de agir face a um regime brutal que reprime cada vez mais os bielorrussos, mina a paz e a segurança na Europa e continua a explorar pessoas que procuram apenas viver em liberdade".

O Departamento de Tesouro dos EUA anunciou que tem como alvo 20 indivíduos e 12 organizações próximas do regime de Lukashenko, acusados de ter "facilitado a passagem (...) de migrantes para dentro da UE" e de ter "participado em atos de repressão contra os direitos humanos e a democracia”.

Do lado europeu, a lista de sanções da UE foi hoje oficialmente alargada a 28 funcionários e entidades, incluindo a companhia aérea nacional Belavia.

Na declaração conjunta, os aliados apelam ainda à “libertação incondicional e sem demora” dos quase 900 presos políticos, bem como a “implementação das recomendações da missão de peritos independentes, ao abrigo do Mecanismo de Moscovo da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)”.

Os aliados dizem também desejar a realização na Bielorrússia de “novas eleições presidenciais livres e justas, sob observação internacional”.

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