«Sabemos que não somos invencíveis», diz Pedro Emanuel

28 nov 2001, 15:42

Derrota em Alvalade não afecta o campeão O capitão garante que as derrotas são encaradas com naturalidade e que o Boavista já está a pensar em Paranhos. Alvalade já é passado e nem a polémica obriga o plantel a recuperar o tema.

Já se sabia que Pedro Emanuel não falaria do jogo com o Sporting, mas era imperioso ouvir aquilo que o capitão tinha para dizer. O defesa, afinal, tinha participado num dos lances mais falados do encontro de Alvalade e era acusado de ter derrubado Jardel de um forma grosseira apenas invisível para Isidoro Rodrigues. 

Pedro falaria pouco, unicamente o trivial e aquilo que um pacto de balneário lhe permitia. «Queríamos vencer e não conseguimos, por isso não há muito mais a dizer», sublinhava, rejeitando qualquer abordagem ou visão pessoal às trocas de palavras gerada após a partida. «A polémica não nos diz respeito. O importante é pensar que está ultrapassado e queremos trabalhar para o jogo com o Salgueiros». 

A derrota jamais afectará o campeão e serve unicamente de estímulo suplementar para o desafio que se segue. «Sabemos que não somos invencíveis», assume Pedro Emanuel. «Não é possível vencer todos os jogos. O Boavista gosta de estar sempre na frente da classificação e queria manter essa posição». Agora, com o F.C. Porto também no topo da I Liga, os axadrezados têm de pensar na visita a Paranhos, onde vão encontrar uma equipa que está em crescimento. «Mudaram de treinador com o objectivo de melhorar. Temos consciência do valor deles, mas vamos trabalhar para vencer», assegura o central. 

O Boavista terá de recuperar a sua imagem de marca no derby portuense, uma vez que o desempenho em Alvalade parece não ter agradado até aos próprios jogadores. «O que tem de ser corrigido é não sofrer golos», resume Pedro Emanuel. «Se continuarmos coesos pode ser que voltemos às vitórias». O regresso do Boavista dominador e empreendedor parece marcado para o Estádio Vidal Pinheiro. O plantel está concentrado nesse objectivo e o capitão assume o código de conduta colectivo. «Temos de vestir o fato-macaco e trabalhar». Mas não é sempre assim? «O Boavista não costuma despir esse fato, mas às vezes os jogos não correm como queremos. As outras equipas também jogam e condicionam a nossa forma de estar em campo». Está explicado.

Patrocinados