Amigos em Leiria, adversários no Bessa O defesa do Boavista fala com conhecimento de causa do avançado do F.C. Porto antes do reencontro.
O último silvo saído do apito de Pierluigi Collina em Auxerre colocou o F.C. Porto no topo das preocupações de Éder, numa espécie rara de reflexo condicionado. Derlei, Nuno Valente, Tiago e José Mourinho também foram lembrados num automatismo lógico e imediato, que o prepara para uma experiência bizarra, apesar de não ser totalmente nova. Desta vez, os parceiros de Leiria alinham do lado errado do campo.
«Eles estão no F.C. Porto porque são bons», reconheceu, sem esforço, o brasileiro, que, depois da pausa, não resistiu a fazer uma breve consideração sobre ele próprio, procurando equilibrar os pratos da balança: «Eu também tenho as minhas qualidades. Por isso estou no Boavista». Sem excepção, deseja «felicidades» a todos, lembrando, contudo, que «cada um vai ganhar o seu pão» quando se reencontrarem no Bessa.
Entre aqueles com quem jogou em Leiria, Derlei sugere-lhe mais dificuldade e preocupação, ou não fosse ele avançado e Éder defesa. «É um jogador difícil de acompanhar», reconheceu. «Todo o mundo sabe das qualidades dele. É um grande jogador». O elogio não era vão ou, sequer, de circunstância. Éder falava com conhecimento de causa e lembrava os dois anos que passou como o adversário de segunda-feira: «Sei bem como ele joga. O Derlei é um artilheiro nato».
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