Alexandre Goulart: «Podemos vencer o Liverpool»

21 out 2001, 12:55

Boavisteiro optimista, depois do seu terceiro golo na Liga portuguesa

No Bessa, Alexandre Goulart é o jogador do momento. Um médio capaz de resolver situações complicadas, dinâmico e com remate certeiro para aterrorizar os guarda-redes. Depois dos dois golos de Alverca, voltou a marcar em Dortmund num instante soberbo, apesar de insuficiente para negar a derrota. Frente ao Braga repetiu a dose e abriu o marcador de uma vitória folgada.  
 
«É bom marcar golos. Este foi o meu primeiro frente à torcida do Boavista e espero ainda marcar mais», diz, recordando, segundos depois, o lance nascido na sequência de um pontapé de canto: «O treinador pediu-me para estar à entrada da área e ir direito à baliza. Fui mais rápido do que o Tiago», contou.

 
A presença do brasileiro percebe-se nos melhores momentos do campeão. Está a ser decisivo na estratégia, a pautar jogo, a fazer assistências, a que junta a virtude de fazer golos. Mas, antes, a adaptação a Portugal foi complicada: «Senti uma grande diferença, porque o estilo de jogo é diferente. Por isso, andei um pouco perdido. Aqui, há menos espaço e a marcação é forte».  
 
Vencer o Liverpool, pois claro  
 
Segue-se uma prova de fogo. O Boavista mede forças com o Liverpool, no Bessa, num jogo que poderá ser decisivo para a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões. Mas o nome do adversário não o assusta, nem sequer lhe rouba o sono.  
 
«Já provámos que os podemos vencer. Fizemos um bom jogo em Inglaterra», diz Goulart, sem perder tempo para desenhar a táctica: «Temos de entrar com um ritmo ainda mais forte para vencermos. Vamos defrontar uma grande equipa, mas temos condições de triunfar».  
 
Na Liga dos Campeões, o Boavista tem disputado desafios frente a emblemas com o dobro do orçamento e com jogadores a ganhar quantias inimagináveis. Para o médio axadrezado essa é uma questão superficial, incapaz de ser um sinónimo de consequências visíveis dentro do campo.  
 
«Temos salários mais pequenos, mas só temos de mostrar o nosso futebol. Eles têm duas pernas, dois braços e um nariz como nós. Aliás, temos feito mais do que eles», finalizou.

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