Nuno Gomes espera pelo «deadline» da Fiorentina

26 jul 2002, 17:30

Clube «viola» tem até ao final do mês para evitar falência Se a «Fiore» não reunir 21 milhões de euros até ao dia 29, o avançado português fica livre. O Benfica está à espreita...

Nuno Gomes aguarda pela definição da Fiorentina para conhecer, finalmente, o seu futuro. Uma espera que se prolonga cada vez mais no tempo, mas que, tudo o indica, terá no início da próxima semana uma resolução.

Tudo passa, obviamente, pelo desfecho que a crise no clube viola poderá conhecer. As últimas notícias vindas de Itália apontam para que o deadline seja já na próxima segunda-feira, dia 29. Se até esse dia a Fiorentina não reunir cerca de 21 milhões de euros, a equipa de Florença arrisca-se mesmo a ficar de fora da Série B, escalão para o qual foi relegada esta época, após ter descido de divisão.

O presidente da Fiorentina, Cecchi Gori, em declarações produzidas esta manhã a alguns órgãos de informação italianos, foi claro ao referir que «a Fiorentina precisa de ajuda». Os diferentes diagnósticos traçados por responsáveis do clube e outros agentes do futebol italiano falam numa situação «extremamente dramática», pelo que o cenário de não participação na Série B italiana começa a desenhar-se como o mais provável.

Ora, no que se refere ao caso de Nuno Gomes, a grande consequência de uma não inscrição da «Fiore» na Série B tem a ver com a perda dos direitos sobre o jogador português. Ao que apurámos, as negociações que ocorreram, nas últimas semanas, com dois clubes ingleses - Birmingham e Tottenham - foram suspensas. O Benfica, que nunca chegou a ficar totalmente fora da corrida, estará também a esperar por uma eventual libertação de Nuno Gomes.

Tudo à espera do final do mês

Enquanto se prolonga esta indefinição, Nuno Gomes continua em Florença. Além de Nuno Gomes, os responsáveis do clube viola tentaram, nos últimos dias, negociar as transferências de jogadores como Amoroso ou Chiesa, no intuito de obter um encaixe financeiro que permitisse diminuir os problemas financeiros. Mas a verdade é que a margem negocial da «Fiore» ficou muito por baixo, na medida em que a perspectiva de perder os direitos desportivos dos seus melhores jogadores faz com que os eventuais interessados esperem pelo deadline.

As dívidas da Fiorentina multiplicam-se por salários de jogadores em atraso, impostos em atraso e o dinheiro da própria inscrição na Série B. Ernesto Fazzino, administrador judicial que acompanha este caso, mostrou-se muito pouco optimista em relação a uma possível solvabilidade do clube florentino e alertou para uma «nova acção judicial» a 30 de Julho.

Os esforços feitos nos últimos dias têm-se revelado infrutíferos. O processo de aumento de capital iniciado a 7 de Julho passado foi congelado e foi aberta uma conta bancária no Banco Romanelli. Cecchi Gori, que detém uma produtora cinematográfica em Itália, tentou mesmo reunir algum dinheiro com a venda de uma das salas de cinema que possui em Itália...

A situação é de tal modo preocupante que o todo-poderoso Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano e construtor do império do AC Milan, já prometeu fazer «os possíveis» para salvar a Fiorentina.

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