Ativistas do Climáximo pintam e bloqueiam jato privado no aeródromo de Cascais

6 dez 2023, 08:40

Ativistas afirmam ser necessário combater as causas mais injustas da crise climática pelas suas mãos, quando todas as negociações resultam em falhanço.

Apoiantes do Climáximo entraram, esta quarta-feira de manhã, no Aeródromo de Cascais, em Tires, e cobriram um jato com tinta, acorrentando-se ao mesmo. Em comunicado, o grupo afirma ser necessário combater as causas mais injustas da crise climática pelas suas mãos, quando todas as negociações resultam em falhanço.

A ação do Climáximo ainda como objetivo colocar em causa o funcionamento da infraestrutura.

Noah Zino, um dos ativistas, relembra "uma viagem de jato privado entre Londres e Nova Iorque emite mais CO2 que uma família portuguesa num ano inteiro" e que "estar aqui corta mais emissões que qualquer escolha individual".

"Jatos privados são armas de destruição em massa, não têm lugar numa sociedade em chamas. Só a poluição da queima de combustíveis fósseis já mata, todos os anos, mais pessoas que os campos de concentração. As emissões que provocam recordes de calor, secas, fome e fogos, preços mais altos de comida, cheias, doenças, e catástrofes já condenam à morte milhões de pessoas também. Se há algum plano viável para a nossa segurança, este tem de começar já por cortar as emissões mais absurdas - estamos em emergência ou estão a gozar connosco?", afirma ainda.

O coletivo diz que fazem parte das soluções por si avançadas para travar a crise climática e construir a paz "cortar as emissões de luxo e voos supérfluos, como os de jato privado e os voos de curta distância, travar qualquer plano de aumento da aviação, seja um novo aeroporto em Lisboa ou a expansão em curso do Aeroporto de Cascais, e requalificar milhares de trabalhadores, desenvolvendo amplamente a rede ferroviária nacional e internacional". 

O Climáximo tem marcado para sábado uma manifestação de Resistência Climática para construir uma alternativa frente às negociações levadas a cabo na cimeira climática.

Quatro ativistas, dois homens e duas mulheres, foram detidos pela PSP.

Crime e Justiça

Mais Crime e Justiça

Patrocinados