«Há que regressar o mais depressa possível», diz Diamantino Miranda

27 mai 2001, 19:51

Alverca-Campomaiorense, 2-1 (reportagem) Eram três candidatos, caíram os alentejanos. O treinador acha que importante é voltar rapidamente à I Liga.

Após a partida com o Alverca, Diamantino Miranda estava resignado com o destino da sua equipa: a II Liga. «A tarefa afigurava-se difícil, mas acreditámos que era possível. Mantivemos a esperança até à última jornada, mas mais uma vez aconteceu aquilo que já tinha acontecido há cinco anos. Morremos na praia...»

O treinador aproveitou para congratular os adversários que hoje foram mais felizes: «Queria dar os parabéns ao Guimarães e ao Gil Vicente, que conseguiram os seus objectivos, e também a todas as outras equipas que também conseguiram os seus objectivos nas outras divisões». 

Apesar da descida, Diamantino Miranda confirmou que não abandonará o clube alentejano. «Fico em Campo Maior mais um ano, até porque as coisas já estão a ser preparadas há algum tempo». O objectivo é trazer o Campomaiorense de volta ao escalão maior do futebol português. «É realmente uma pena um clube como o Campomaiorense, que oferece tudo o que um profissional de futebol pode querer, que é um clube que representa uma região, descer de divisão. Queremos pôr o Campomaiorense depressa na I Liga», garantiu. 

Quanto à ideia lançada em relação ao possível alargamento da I Liga (o que faria com que os homens de Campo Maior não descessem), Diamantino Miranda foi peremptório: «Isso são problemas das classes dirigentes. Já dei a minha opinião várias vezes, e não era agora que ia modificá-la. Mas, se há regras e se há leis, elas são para cumprir para toda a gente». 

Jesualdo Ferreira: «Cumprimos a nossa missão»  

Jesualdo Ferreira estava feliz com a vitória alcançada frente ao Campomaiorense, já que ficou provado que a ética desportiva foi respeitada. «Para nós este era um jogo muito importante, porque não gostaria de ficar ligado a situações menos claras. Cumprimos a nossa missão do ponto de vista profissional e ético», referiu. 

O Alverca não pôde contar com doze jogadores, mas mesmo assim foi capaz de levar de vencida um Campomaiorense que lutava desesperadamente pela vitória. «Mesmo com tantas contrariedades a minha equipa foi capaz de responder, de ganhar, e de fazer um bom jogo. Perdemos muitas chances de golo, mas acabámos por ganhar com mérito», analisou. 

Agora que a época terminou, Jesualdo Ferreira não quis deixar de dar os parabéns aos seus jogadores: «Fomos capazes de ultrapassar muitos problemas, fizemos bons jogos e conseguimos mais pontos que na época passada. Tenho por isso de dar os parabéns a todos os jogadores do plantel». 

Em relação a um possível alargamento da I Liga, Jesualdo Ferreira diz que isso lhe dá vontade de... rir. «Só posso rir-me. Na época passada andaram a discutir como se ia encurtar a competição. Agora a dicussão é como a vamos aumentar... Já não há paciência», disse. 

Quanto às notícias que o dão como certo no Benfica, Jesualdo Ferreira não teceu grandes comentários. «Despeço-me do Alverca até para o ano, porque tenho mais três anos de contrato. Não venho aqui anunciar que irei para o Benfica. É possível, mas não há nada de concreto, não há nada que me permita dizer que vou para lá», garantiu. Mas, caso vá para o clube da Luz, o ainda técnico ribatejano não considera ser uma despromoão: «Se ser adjunto no Benfica é uma despromoção, isso depende da análise. Mas se vier a decidir ir para lá, garanto que não será uma despromoção».

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