Assembleia aprova contas Foi um dos proponentes do documento que queria instaurar processos disciplinares a alguns membros da anterior direcção. No final, deu-se por contente com as garantias de Manuel Vilarinho.
As contas do Benfica foram aprovadas, mas a assembleia deste sábado foi também marcada por Vale e Azevedo e por uma proposta para que este e vários dos elementos da sua direcção fossem alvo de processos disciplinares. Manuel Vilarinho recomendou calma e os autores da proposta acabaram por retirá-la, mas esperam que os responsáveis pelo «sonho mau» que afectou o Benfica não fiquem impunes.
No final, António Figueiredo, um dos proponentes do referido documento, dizia estar satisfeito, uma vez que foi dada pela direcção a garantia de que agirá em conformidade com as decisões dos tribunais, não arredando a possibilidade do processo disciplinar.
Ainda assim, António Figueiredo quis justificar a sua posição. «O que nós pedimos foi a elaboração de um processo disciplinar e não de uma justiça cega. Se o processo concluísse que havia pessoas que não tinham nada a ver com o que se passou, deveriam ser ilibadas», sublinhou. «As pessoas não podem agora é andar a limpar-se umas às outras: o senhor vice-presidente para o futebol e o presidente do conselho fiscal têm de explicar as situações e não podem culpar o presidente.»
Segundo António Figueiredo, as situações irregulares que tiveram lugar durante o mandato de Vale e Azevedo ficaram marcadas por «cumplicidades de toda a ordem». Para comprovar isso refere «a última assembleia da defunta direcção, em que a aprovação de contas foi escandalosa e o presidente da assembleia permitiu coisas infames».
Sempre no mesmo tom crítico, um dos responsáveis pela proposta hoje apresentada e retirada realça «a ordem com que têm decorrido as últimas assembleias, sem serem precisos guarda-costas nem capangas». E termina a dizer que foi um dos mais atacados na era Vale e Azevedo. «Às vezes, até parece que o Benfica viveu um sonho mau.»
