Homens de Carvalhal fizeram história Basta que o Sporting termine a I Liga num dos dois primeiros lugares para o Leixões ir à Taça UEFA.
Ao derrotar, esta quinta-feira, o Sp. Braga (3-1) na segunda meia-final da Taça de Portugal, o Leixões escreveu uma das páginas mais significativas do seu historial, e da própria história do futebol protuguês.
Esta é, com efeito, a primeira vez que uma equipa do terceiro escalão do nosso futebol (a II B, ou, anteriormente, a III Divisão) consegue marcar presença na final da Taça de Portugal. Embora com uma longa tradição de proezas na Taça, as pequenas equipas nunca tinham chegado tão longe: até à sensacional campanha do Leixões, apenas quatro equipas da II Divisão tinham chegado à final. O V. Setúbal (em 1942/43), O Estoril (1943/44), novamente o V. Setúbal (em 1961/62) e o Farense (em 1989/90) tinham sido, até agora, os maiores tomba-gigantes na história da competição, com lugares de finalistas vencidos quando disputavam a II Divisão. Curiosamente, todas estas equipas asseguraram, nas épocas em causa, a subida ao escalão principal.
Além de inédita, a proeza do Leixões reveste-se ainda de maior significado pelo facto de, em princípio, colocar os homens de Matosinhos em posição privilegiada para aceder à Taça UEFA. Independentemente do resultado da final contra o Sporting, a 12 de Maio, basta aos comandados de Carlos Carvalhal que o Sporting termine num dos dois primeiros lugares da I Liga para que a participação na segunda prova europeia de clubes seja uma realidade.
Refira-se que, a confirmar-se este cenário, o Leixões pode assinar a quarta participação europeia da sua história, já que na década de 60 conseguiu, em três ocasiões, o passaporte europeu.
A presença no Jamor representa a segunda final da Taça para o Leixões, que em 1960/61 conseguiu o troféu, batendo o F.C. Porto na final, por 1-0.
