Sparta Praga-F.C. Porto, 2-0 (destaques)

20 mar 2002, 22:10

Sionko e Hartig foram os homens do jogo O F.C. Porto foi mau de mais em Praga. Sionko e Hartig fizeram o que quiseram do adversário, que não teve ideias e força física e mental para vencer.

Sionko, o homem do jogo

Grande exibição de um médio que andou pela direita, pela esquerda e pelo centro do terreno, que é o mesmo que dizer que esteve em todo o lado. Com uma excelente técnica e poder de drible, quebrou por completo os «rins» a Jorge Andrade na jogada do primeiro golo e teve a frieza necessária para continuar a acelerar para a baliza e atirar junto ao poste esquerdo de Paulo Santos. Foi um dos principais responsáveis, a par de Hartig, pelo bom jogo realizado pelo Sparta, uma equipa que já nem sequer tinha aspirações de passar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Hartig, ponta-de-lança para todo o serviço

Outra boa exibição no conjunto checo. Se Mares carregou bem a bola para o ataque, Grygera e Flachbart mostraram segurança e Cech tranquilidade, a exibição de Hartig, que dividiu com Kincl as despesas de finalizar as jogadas da sua equipa, valeu por toda a entrega durante a partida. Foi sempre um dos homens mais perigosos. Rematou inúmeras vezes durante os primeiros minutos - colocando em sentido o F.C. Porto, que viajou para Praga com a necessidade de vencer -, segurou os defesas adversários perto de Paulo Santos e só lhe faltou mesmo o golo que tanto procurou.

O livre de Jarosik

Foi um bonito golo, mas o mérito - neste caso as culpas - não é só do remate do médio checo. A barreira praticamente não existiu, a bola saiu ao meio da baliza e Paulo Santos, que podia ter feito um pouco mais, viu a bola entrar por cima das suas mãos. O guarda-redes, que até realizou, apesar desse lance, uma agradável exibição, estava batido pela segunda vez e o F.C. Porto tinha ido fatalmente ao tapete. Um erro de toda a equipa, que não é admissível nestas andanças.

Deco e Capucho sem ideias, Clayton a nulidade

O meio-campo portista destruiu, mas não construiu. Deco não teve ideias, Capucho idem e Clayton andou vezes a mais pelo chão. É verdade que o relvado estava escorregadio - Costinha caiu e deixou a bola partir para o primeiro tento dos checos -, mas foi nítida a falta de força física e mental dos «dragões». Hélder Postiga teve a primeira oportunidade da sua equipa, mas o chapéu saiu ao lado de Cech e... do golo. E o grande perigo veio de um remate de Jarosik ao poste da sua própria baliza. No segundo tempo, a equipa das Antas cresceu um pouco, mas não conseguiu ser superior ao Sparta. E mereceu a derrota.

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