Confrontos na Assembleia Geral do Benfica A Assembleia Geral do Benfica foi muito agitada. O orçamento proposto pela Direcção passou com apenas 52 por cento de votos a favor e registaram-se confrontos entre adeptos, com a polícia a ter de intervir
O orçamento do Benfica para a próxima época foi aprovado em assembleia geral com 52 por cento dos votos dos associados benfiquistas. Numa assembleia claramente dividida, houve 3131 votos a favor do orçamento apresentado por Vale e Azevedo e os seus pares, 2891 contra e 221 abstenções. No final, apenas uma diferença de 240 votos a permitirem a passagem dos números propostos pela Direcção.
O orçamento de dois milhões e 200 mil contos não contempla as verbas do futebol, uma vez que a modalidade passou para a alçada da Sociedade Anónima Desportiva recentemente criada. Na AG foi ainda aprovada a criação de SADs para o basquetebol e o ciclismo.
A assembleia geral foi bastante agitada, com a polícia a ter de intervir duas vezes. A primeira quando estavam decorridos apenas quarenta minutos da assembleia geral e foi preciso pôr cobro a uma invasão de adeptos. Mais tarde os ânimos voltaram a estar agitados quando Jaime Antunes, sócio do Benfica opositor da gestão de Vale e Azevedo, foi impedido de falar. Depois de conferenciar com Roman Navarro, presidente da mesa da AG, Jaime Antunes abandonou o palanque sem terminar a sua intervenção. Vale e Azevedo foi falar a seguir e os sócios da oposição decidiram então abandonar a assembleia, registando-se alguns confrontos à saída.
As intervenções de Roman Navarro foram objecto de muitas críticas da parte dos associados, sendo esse o principal motivo da primeira interrupção da ordem de trabalhos.
