Luís Guilherme e a inclusão de árbitros estrangeiros na Superliga: «Poderia ser útil»

7 jan 2004, 16:42

Mas apenas nalguns casos Luís Guilherme reagiu esta quarta-feira à possibilidade de árbitros estrangeiros poderem apitar campeonatos nacionais

Luís Guilherme reagiu esta quarta-feira à possibilidade de árbitros estrangeiros poderem apitar campeonatos nacionais. A discussão está em cima da mesa no Comité da UEFA e o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga reconhece que, em algumas situações, essa medida até poderia ser benéfica. Pelo meio, Luís Guilherme comentar a arbitragem de Pedro Proença no derby entre o Benfica e o Sporting.

«Depois de conhecermos os pormenores poderemos nos pronunciar», começou por dizer à Maisfutebol Rádio sobre a medida que a UEFA vai votar. «Se for um intercâmbio de árbitros e se se quiser comparar o futebol com a comunidade económica europeia teremos de equacionar e admitir tudo. Tenho plena confiança nos árbitros portugueses. Mas nada impedirá que, em termos futuros, se vierem árbitros estrangeiros, cometam os mesmos erros que os portugueses», defendeu.

Luís Guilherme confessa que, em certas alturas, um Pierluigi Collina dava jeito. «Em termos de pressão à volta dos árbitros, eventualmente, em casos muito pontuais, poderia ser útil, mas é muito prematuro estarmos a falar sobre essa matéria», alertou.

Para o responsável da Liga, a situação de pressão sobre os árbitros antes e depois dos jogos tem a ver com regras de comportamento que não são seguidas pelos dirigentes a nível interno. Luís Guilherme diz que isso não acontece no plano internacional. «Há um conjunto de dirigentes que, quando se tratam de jogos internacionais, não fazem um certo tipo de afirmações. Isto passa pela aplicação dos regulamentos. Um dos problemas que o futebol português tem é que, embora existam regulamentos muito precisos para determinadas matérias, eles não são aplicados. Porque se fossem aplicadas desincentivava os dirigentes a tomarem certas posições que vão tomando, quer antes quer depois dos jogos. A nível internacional isso não acontece porque os dirigentes sabem perfeitamente que não podem ter esse tipo de comportamentos. Enquanto isso em Portugal não for assimilado por todos e não percebermos que não serve de nada certas afirmações vamos continuar a viver neste clima de suspeição que não é bom para o futebol português.»

Uma das arbitragens mais contestadas foi a de Pedro Proença no Benfica-Sporting, do último fim-de-semana. Luís Guilherme diz que no estádio ficou toda a sensação que o árbitro tinha apitado bem. «Analisámos o jogo nos vários aspectos e tentámos colher algumas ilações para o futuro. Não existem tantos erros. Há alguns de pormenor, mas que apenas são detectados através de imagens televisivas. Não podemos estar a avaliar a actuação de um árbitro através de imagens televisivas que, só em pormenor, se conseguem detectar. No estádio, neste caso concreto, todos consideraram que a decisão do árbitro tinha sido correcta.»

Mais Lidas

Patrocinados