Moreirense-Benfica, 1-4 (destaques)

4 out 2003, 23:10

Pé quente de Simão na noite de Moreira Simão marcou dois golos e Moreira fez uma excelente exibição. Petit foi o pitbull do costume.

Simão, aquela máquina

O menino bonito do Benfica, o jogador que muitas vezes carrega a equipa ao colo, voltou a assinar uma exibição bem acima dos parâmetros normais, com o condão de ter sido decisivo naquilo que faz a diferença num jogo de futebol: os golos, naturalmente. Simão marcou dois. O primeiro a abrir a noite, a ser uma espécie de cubo de gelo nas aspirações do Moreirense; depois repetiu a dose, de grande penalidade, quando fabricou a jogada que obrigou Sérgio Lomba a recorrer à falta para travar o sentido de colocação de Sokota. O pé direito de Simão esteve mesmo quente.

Moreira, aço nas mãos

O guarda-redes do Benfica não teve uma noite de grande trabalho, mas correspondeu (e como correspondeu) quando foi chamado a entrar em acção. Moreira começa a ganhar maturidade à medida que o tempo passa e a transmitir confiança à defesa, um sector, por norma, pouco sólido. Fez três ou quatro defesas fantásticas, sempre em fases de vantagem no marcador da sua equipa, mas a revelar grande atenção. Moreira esteve pouco tempo em jogo, mas quando teve de intervir fê-lo sem mácula.

Armando e Andersson

Armando e Andersson surgiram na equipa inicial por azar de terceiros (lesão de Miguel e Tiago, respectivamente), mas deram excelentes indicações ao treinador do Benfica. O primeiro arrancou o cruzamento que originou o segundo golo encarnado, subiu muito pelo flanco direito da defesa, mas nem sempre foi eficiente na hora do passe, o que se compreende face à responsabilidade que recaiu nos seus ombros: agradar ao treinador no sentido de poder ser opção no futuro. O segundo entrou muito bem em campo, procurando ser um médio organizador (e conseguiu), apesar de ajudar Petit em tarefas defensivas. No entanto, baixou muito de produção no segundo tempo.

Petit e Geovanni

Petit deu músculo ao meio-campo do Benfica, pressionou muito o adversário que tinha a bola nos pés, mas também teve força para atacar como atesta bem os vários remates à baliza. Assistiu Simão para o sub-capitão encarnado inaugurar o marcador e foi uma autêntica carraça na procura insistente pela posse do esférico. Geovanni não foi tão decisivo como Simão, mas conseguiu uma actuação positiva no lado direito do ataque, optando, às vezes, por aparecer no meio, onde a ausência de uma unidade criativa era um dado evidente.

Vítor Pereira, a má noite do pensador

Há dias em que um jogador de futebol devia estar em casa ou a fazer outra coisa qualquer sem estar dentro do terreno de jogo. Vítor Pereira é o exemplo perfeito disso mesmo, porque esta derrota do Moreirense também se explica, em parte, por causa da má actuação deste médio, habitualmente um pensador de jogo e uma das unidades em maior destaque na sua equipa. Mas esta noite não foi o caso. Primeiro, fez a falta que originou o primeiro golo do Benfica - viu o primeiro cartão amarelo (25m) - depois, voltou a cair em tentação e derrubou Petit, sendo punido pela segunda vez (40m) pelo árbitro, num lance sem margem para dúvidas. A formação de Manuel Machado ficou reduzida a dez elementos e sem poder de força para alterar o resultado.

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