Fary, o homem-golo O senegalês foi a principal figura do jogo de hoje, no Mário Duarte. No primeiro minuto, Paulo Paraty apontou uma falta sobre si dentro da grande área madeirense, por alegado derrube de Gilmar, e esta jogada acabou por ser o tónico para o resto da sua exibição.
O senegalês foi a principal figura do jogo de hoje, no Mário Duarte. No primeiro minuto, Paulo Paraty apontou uma falta sobre si dentro da grande área madeirense, por alegado derrube de Gilmar, e esta jogada acabou por ser o tónico para o resto da sua exibição. Soube sempre controlar a bola de costas para o seu marcador directo ¿ Jorge Soares -, virar-se e atacar a baliza. Sempre com discernimento e, sobretudo, com força para correr num relvado em muito mau estado.
Bakero e Sumudica entregues a si
O Marítimo atacou sempre com os olhos postos na velocidade de Bakero e Sumudica. Os lançamentos foram sempre longos de mais, com os centrais contrários a controlarem, salvo algumas excepções, o local onde a bola ia cair. Quando estes, por vezes, apareciam com mais apoio, o perigo aparecia, não pela forma como os passes ou os remates eram feitos, mas por erros defensivos dos jogadores da casa, quando pressionados.
O relvado do Estádio Mário Duarte estava alagado quando Paulo Paraty apitou para o início da partida. A bola parava a meio quando passada, os jogadores perdiam a noção de quando tinham de colocar o pé, os choques aconteciam com frequência. Ontem, para cúmulo, a Selecção Nacional de Sub-16 jogou aqui com a Macedónia (4-0) e as poças eram visíveis da bancada. O pior foi quando se quis jogar à bola.
Grande parte da resonsabilidade do êxito do Beira Mar esta temporada deve-se à estratégia ofensiva utilizada por António Sousa quer jogue fora ou em casa. Fê-lo em Campo Maior, voltou a fazê-lo no Mário Duarte. Os aveirenses jogam invariavelmente com dois médios defensivos - Fernando Aguiar e Luís Manuel (em Campo Maior estiveram Rodolfo e Fusco) ¿ e com três avançados rápidos: Fary, Gamboa e Rui Dolores. Hoje (domingo), os dois primeiros marcaram a diferença e Rui Dolores pareceu mais apagado. Mas mesmo assim...
Quando Paulo Paraty entrou no relvado para fazer o aquecimento, os sócios do Beira Mar dispensaram-lhe uma valente assobiadela, apesar da contenção verbal dos dirigentes aveirenses durante a semana. Recorde-se que Mano Nunes, presidente do Beira Mar, apenas disse: «Já estou habituado!». À passagem do primeiro minuto, o árbitro portuense respondeu da pior forma, ao assinalar uma grande penalidade inexistente sobre Fary. Um erro que poderia ter sido mais grave, se Palatsi tem acertado com a baliza.
