A vitória cinco jogos depois Os «encarnados» foram mais felizes e conseguiram chegar ao triunfo, com as bolas paradas (e Simão) a serem decisivas.
O Benfica venceu o Santa Clara por 2-1 em S. Miguel, numa partida agradável, competitiva, bem disputada e na qual as jogadas de bola parada foram decisivas. O conjunto orientado por Jesualdo Ferreira foi mais feliz e conseguiu chegar ao triunfo.
O encontro iniciou-se em bom ritmo, o Santa Clara a tentar demonstrar que estava empenhado em discutir o resultado. Os açorianos aproveitaram a apatia inicial dos «encarnados» - ao que se pode juntar algum desnorte e pouca clarividência na zona intermediária ¿ para mandar no jogo. À passagem dos 10 minutos, a formação orientada por Manuel Fernandes usufruiu de três pontapés de canto seguidos, e quatro minutos depois, num pontapé livre indirecto, marcado por Figueiredo, chegou ao golo. A bola foi lançada para as costas da defesa do Benfica, onde surgiu João Pedro em velocidade, a beneficiar da indecisão de Moreira a sair da baliza e de Tiago na marcação ao avançado, que, com um remate rasteiro, inaugurou o marcador.
Aos 18 minutos, o Santa Clara voltou a causar perigo, de novo por intermédio de Figueiredo na cobrança de um livre. Moreira foi obrigado a uma defesa de recurso, enviando a bola por cima da barra. O Benfica tentou responder e, no minuto seguinte, Anderson desferiu um remate rasteiro, que Fernando defendeu com dificuldade. Aos 25, o Benfica revelou algum inconformismo e, no único momento de desatenção de Luís Soares, Simão ganhou espaço sob o flanco esquerdo, entrou na área e rematou forte e cruzado, mas com a bola a sair ligeiramente ao lado do poste direito da baliza de Fernando.
À passagem da meia hora, o encontro passou pela sua pior fase, com ambas as equipas a errarem no passe. Situação que coincidiu com a lesão de Sérgio Nunes, que viria a ser substituído por Sandro, interveniente activo no lance que viria a dar o golo do empate aos «encarnados». Aos 42 minutos, à entrada da área, o defesa cometeu uma falta sobre Mantorras, que originou um pontapé livre directo. Na transformação, Simão bate a bola forte e tensa, fazendo-a entrar na baliza junto à barra, sem que Fernando se pudesse opor.
A primeira parte termina com um jogo bem disputado, no qual o Benfica foi a equipa que cometeu mais erros, acabando por chegar ao golo num livre superiormente apontado por Simão, a justificar a igualdade no marcador.
Benfica a crescer
O encontro reatou-se com uma alteração no Benfica, a troca de Carlitos por Miguel, mas com a mesma dinâmica do início, originando potenciais situações de golo que as equipas não aproveitaram, mas que tiveram o condão de valorizar o espectáculo. Aos 60 minutos, numa fase do jogo em que o Benfica ganhava ascendente, Mantorras, em jogada de contra-ataque, rematou rasteiro e cruzado, com a bola a passar muito perto do poste direito de Fernando.
O Benfica era agora a equipa que controlava a partida e, beneficiando da quebra física de alguns jogadores do Santa Clara, aproveitou para causar situações de perigo. Aos 71 minutos, novo livre à entrada da área sobre Mantorras e o «mágico» Simão a ser chamado para o converter. Desta vez, contou com a colaboração de Fernando, que deixou passar a bola entre as mãos.
Até ao final, o Santa Clara, com um défice claro na capacidade de manter a posse da bola para partir apoiado para o ataque, permitiu ao Benfica assenhorar-se com mais evidência do meio campo para garantir uma vitória de que tanto precisava.
A arbitragem da equipa chefiada por Jacinto Paixão, da Associação de Futebol de Évora, nem sempre esteve bem tecnicamente e, no aspecto disciplinar, oscilou um pouco e quase perdeu o controlo do encontro à passagem da meia hora.
