Santa Clara-Farense, 2-0 (destaques)

3 fev 2002, 22:09

Mijanovic a resistir, Glaedson a resolver Figueiredo e Sandro consolidaram a estratégia do Santa Clara, Glaedson entrou para resolver. Do lado do Farense, Mijanovic resistiu 73 minutos.

Figueiredo 

O capitão do Santa Clara foi discreto e simultaneamente desiquilibrador nos lances de ataque que a sua equipa desenvolveu no desenrolar da partida. Voltou a ser decisivo no meio campo do Santa Clara, quando a equipa faz a transposição da bola da defesa para o ataque. Nos lances de bola parada em que muitas vezes interveio não esteve ao seu melhor nível. Este é aliás um aspecto do jogo onde o médio e a equipa necessitam de aperfeiçoar a sua eficácia. No balanço geral, e além de dos lances decisivos em que interveio, também há que reconhecer que foi muito importante nos desequilíbrios que se criaram na defesa do Farense, quando partia embalado de trás. Quando o Santa Clara reforçou o ataque coube-lhe a missão de garantir supremacia naquele sector do campo, juntamente com Paiva, desempenhada com êxito.  

Sandro 

O defesa central do Santa Clara, que tem andado um pouco arredado da titularidade, depois de ter ficado de fora na maior parte dos encontros, regressou em bom plano. Inicialmente cabia-lhe a missão de ser o jogador a efectuar a cobertura. Contudo, cedo se apercebendo que apenas Ferreira necessitava de marcação apertada, acabou por iniciar muitos dos ataque das sua equipa, jogando como «trinco» quando Paiva se adiantava. Defendeu sempre bem quando Rui Gregório foi para lateral-direito e nos lances de bola parada também surgia a incomodar a defesa do Farense. 

Glaedson 

O pequeno brasileiro do Santa Clara anda com «fome» de dar nas vistas nesta equipa. Acabou por ser decisivo no encontro com o Farense e revelou-se o jogador ideal para dar a última «machadada» nas defesas extenuadas, quando o encontro se aproxima do fim. Com o Farense entrou a meio do segundo tempo e logo deu nas vistas com sua dinâmica e drible curto. Teve não só o condão de trazer mais vivacidade à equipa, como a felicidade de marcar o golo que abriu caminho para a vitória do Santa Clara, aos 73 m. O remate de fora da área foi desferido com instinto, conseguindo bater a coriácea defesa algarvia e colocando a bola fora do alcance de Mijanovic. No minuto seguinte ia repetindo a graça. Aguarda-se aquilo que poderá fazer quando Manuel Fernandes lhe der uma oportunidade a titular. 

Mijanovic 

Revelou-se um guarda redes extremamente seguro e determinante no bom desempenho defensivo que a sua equipa revelou nos Açores até aos 73 m. Esteve bem adaptado a um relvado e bola escorregadios. Esteve bem a jogar quer dentro, quer fora dos postes. Que o diga Toñito, que bem tentou, em especial aos 21 e 30 m, desfeitear o guarda redes jugoslavo com remates colocados. Nos golos do Santa Clara o guarda-redes algarvio não teve a mínima hipótese, pois no primeiro o remate é forte e colocado e estamos em crer que Mijanovic não viu a bola partir, mercê da cortina defensiva à sua frente. No segundo, Gabor está isolado à sua frente com possibilidades de escolher onde colocar a bola.

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