Jogador cedeu a questões familiares
Mariano não podia esperar por muito mais tempo. O seu empresário trazia-lhe quase diariamente notícias do interesse de clubes espanhóis, mas sem que algum deles, com tempo de sobra para preparar a nova época, avançasse para a aquisição, enquanto as pressões se repetiam da Madeira, com o Marítimo a propor-lhe a renovação por números sugestivos.
O telefonema inesperado de Luís Oliveira era-lhe suficiente. «As indecisões» tinham-no cansado e a ideia de regressar à Póvoa de Varzim pareceu-lhe, subitamente, aliciante. «Devo dizer que ajudou imenso na minha decisão», confessou.
O mês de impasse tinha-o desgastado «muito». Percebendo que as negociações com os pretendentes espanhóis «estavam complicadas», aceitou as condições do Varzim e dispôs-se a assinar contrato válido por um ano, declinando a proposta do Marítimo, financeiramente mais interessante, mas reaproximando-se da família. «Agora fico a 20 minutos de casa», sorriu. «O dinheiro não é tudo».
Titular em 39 dos últimos 40 jogos oficiais disputados pelo Marítimo, Mariano cedeu a questões sentimentais. «Pensei na família», repetiu. «As pessoas compreenderam». Não sai magoado com quem quer que seja e sabe que deixou «a porta aberta» na Madeira. De volta à Póvoa, espera ser «o mais feliz possível», num regresso que jamais interpretaria como um passo atrás.
