Futebol de praia: recital de Bryshtsel elimina Portugal no último segundo

22 fev, 14:46
Portugal-Bielorrússia no Mundial de futebol de praia (DR)

Seleção nacional cai nos «quartos» do Mundial diante da Bielorrússia

Portugal perdeu, na tarde desta quinta-feira, diante da Bielorrússia, nos quartos de final do Mundial de futebol de praia, que decorre no Dubai. A compasso de reviravolta, a turma de Mário Narciso não foi capaz de capitalizar as oportunidades, «caindo» no último segundo (3-4).

Foi necessário recorrer a tempo-extra para resolver a eliminatória, de nuances várias. Rebobinemos.

A seleção nacional entrou dominante, à boleia das oportunidades criadas por Jordan e pelo guardião Pedro Mano. Todavia, entre os postes estava Avgustov, que ao longo de todo o encontro se revelou de «ferro», travando, com naturalidade, inúmeros remates.

Ainda assim, nada pôde fazer face ao «volley» de Duarte Algarvio, ao nono minuto do primeiro período. Em estreia no encontro, o «pivot», de 23 anos, assinou o primeiro golo no Mundial, num remate cruzado, da direita para a esquerda, após passe de Mano.

Antes do fecho do período inaugural, Léo Martins errou o que parecia golo certo. Após incursão de Jordan pela esquerda, o experiente «baixinho» não capitalizou uma oportunidade de baliza aberta, algo que Mário Narciso viria a lamentar, uma hora mais tarde.

Reveja a história desta partida, aqui.

Bryshtsel, um nome para a eternidade

Transfigurada para o segundo período, a Bielorrússia repôs a igualdade logo no remate inaugural. O «foguete» de Bryshtsel – que então igualava Léo Martins como melhor marcador do Mundial, com sete golos – fugiu a Pedro Mano, antes de embater no poste e se envolver na rede.

Dois minutos mais tarde, quando restavam 10:18 para jogar, o mesmo Bryshtsel consumou a reviravolta, na sequência de um erro do guardião português. Pedro Mano agarrou a bola para lá do limite da área, concedendo um livre, pela esquerda do ataque e à boca da baliza.

Este golo veio destabilizar a seleção nacional, que somou erros de construção e decisões precipitadas no ataque, «doando» brindes aos adversários, que, em todo o caso, foram erráticos e ineficazes. Todavia, quatro minutos depois do 1-2, os bielorrussos ampliaram a vantagem.

Antes de festejar «à Ronaldo», pela terceira vez no encontro, Bryshtsel – que mais?! – capitalizou um penálti, após falta de Rúben Brilhante, que havia errado um passe a meio-campo.

Se as aspirações de Portugal estavam fragilizadas, em boa hora surgiu Jordan, por fim eficaz, para assinar o 2-3, a 1:43 do fecho deste período. De livre, pela esquerda, o remate da «revolta» do experiente ala, de 32 anos, galvanizou a recuperação das «Quinas».

Escassas oportunidades e erros capitais

Entre paradas de Avgustov, Bernardo Lopes «escondeu-se» junto ao poste direito, e desviou, de cabeça, o remate de Pedro Mano. Assim, o fixo, de 26 anos, repôs a igualdade, a 7:23 minutos da – presumível – derradeira buzina.

Contudo, a partida entrou numa fase física, de muitas faltas, um capítulo no qual os bielorrussos foram sempre superiores. É a «praia» da turma do espanhol Nico Caporale, como havia avisado Mário Narciso na antevisão.

No prolongamento, apenas a Bielorrússia foi capaz de encontrar as vias do golo, ainda que fosse errática na construção. Porém, o risco excessivo de Pedro Mano permitiu aos adversários instarem um derradeiro aviso, com o remate a tirar tinta ao poste esquerdo.

Um minuto depois, Bryshtsel, livre de marcação, não perdoou e assinou o quarto golo na partida, o décimo no Mundial. Era o fim do sonho nacional. Um segundo no marcador foi insuficiente para, sequer, ensaiar uma resposta.

«Foi um jogo bem disputado, fomos superiores. Por vezes jogamos bem e perdemos», disse Mário Narciso no rescaldo ao encontro.

Assim, a Bielorrússia junta-se ao Brasil nas «meias» do Mundial, aguardando adversário, que sairá da partida entre Itália e Taiti.

 

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