França: 40 mil polícias mobilizados para garantir a ordem nas próximas duas noites

CNN Portugal , MJC - notícia atualizada às 12:20
29 jun 2023, 11:56

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, pediu a suspensão do agente que matou o jovem de 17 anos, enquanto decorre a investigação. Mas descartou, para já, a instauração do estado de emergência

40 mil polícias e militares vão ser mobilizados para prevenir eventuais tumultos estas quinta e sexta-feira à noite em França, anunciou Gérald Darmanin, ministro do Interior, informando ainda que pediu a suspensão do agente que matou o jovem de 17 anos, enquanto decorre a investigação. Só para a região de Paris estão mobilizados cinco mil agentes. "O estado deve ser firme na sua resposta", disse.

Gérald Darmanin fez estas declarações em Mons-en-Baroeul, a norte de Paris, onde a sede do munícipio e o posto da polícia foram incendiados ontem à noite. Declarou ainda que descartava a possibilidade de instaurar o estado de emergência, tal como solicitado por Eric Ciotti (do partido de direita Les Républicains) e Eric Zemmour (Reconquête, extrema-direita), uma vez que as capacidades de mobilização de recursos do Ministério da Interior lhe parecem ser suficientes nesta fase.

Segundo o Le Monde, o ministro declarou ainda ter solicitado a suspensão administrativa do polícia autor do disparo, paralelamente ao processo judicial em andamento.

“Quando atacamos escolas, câmaras, instituições sociais, percebemos que são os moradores dos bairros populares que são afetados (…) Não são apenas os símbolos políticos”, disse Darmanin, justificando a necessidade de restabelecer a ordem após duas noites de distúrbios.

“Esperamos de todos os dirigentes políticos, sejam eles quem forem (…) para bem do interesse geral, bem do povo, para bem das instituições da República, que apelem à calma  Não pode haver condicional ou "sim, mas" quando atacamos escolas, quando atacamos câmaras, quando atacamos agentes do serviço público, porque uma tragédia poderia ter acontecido esta noite", disse o ministro.

A seu lado, a primeira-ministra Élisabeth Borne afirmou que quer evitar uma escalada de violência e a declaração do estado de emergência. “É claro que devemos evitar qualquer agravamento, a justiça está a fazer o seu trabalho. O autor do tiro deve ser indiciado”, disse, renovando o pedido de “apaziguamento”. 

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