Francisco Neto: «O nível do futebol feminino europeu está altíssimo»

30 mai 2022, 16:57
Francisco Neto, selecionador da equipa feminina (FPF)

Selecionador feminino diz que Portugal terá de ser «uma equipa madura, experiente e tranquila» para fazer melhor no Europeu de 2022, face à estreia em 2017

O selecionador nacional feminino, Francisco Neto, afirmou esta segunda-feira a vontade de Portugal procurar ser melhor no Europeu de 2022 face ao de 2017, que marcou a primeira participação lusa, mas alertou que é preciso ser uma equipa com maturidade, experiência e tranquilidade para encarar os «grandes desafios» que vão surgir na prova, em julho, em Inglaterra.

«Acima de tudo, procurarmos ser melhores do que no último. Relembrar que é a nossa segunda presença no Campeonato da Europa, a segunda presença consecutiva que vamos ter. No outro, conseguimos ser competitivos, estar até à última jornada a disputar o acesso aos quartos de final e um dos grandes objetivos desta participação é melhorar a prestação, mais pontos, mais golos, mais competitividade, mais organização. O nível do futebol feminino europeu está altíssimo, quem acompanha percebe que as equipas estão todas muito fortes e teremos de ser uma equipa madura, experiente e tranquila para encarar os desafios, que serão grandes», afirmou Francisco Neto, em conferência de imprensa, na tarde desta segunda-feira, após o anúncio das 23 convocadas para a prova, que se disputa em solo inglês, de 6 a 31 de julho.

Portugal integra o grupo C, juntamente com Suíça, Suécia e Países Baixos (atual campeão europeu). Na primeira jornada, a equipa lusa joga com a Suíça, a 9 de julho. A 13 de julho defronta Países Baixos e, a 17 de julho, encontra a Suécia.

Em 2017, nos Países Baixos, Portugal ficou no quarto e último lugar do grupo D, com três pontos, os mesmos de Escócia e Espanha e ainda atrás da Inglaterra, que fez nove pontos.

Convocatória? «Mais difícil fruto do número de atletas»

Questionado sobre se a convocatória para este Europeu, face ao de 2017, foi mais difícil, Francisco Neto sublinhou que sim, sobretudo por haver mais atletas elegíveis.

«Posso dizer, acima de tudo, que foi mais difícil fazer fruto do número de atletas que hoje em dia temos, tanto ao nível de quantidade, como ao nível da qualidade da atleta portuguesa, que tem vindo a crescer. Há oito anos, Portugal era 49.º no ranking mundial, neste momento somos 29.ºs, sabemos que queremos continuar», apontou, deixando ainda notas sobre os três adversários na fase de grupos.

«A Suíça é uma equipa que também não tem muita experiência, mas tem um lote de jogadoras em grandes clubes. Normalmente, do 11 inicial da Suíça, apenas uma disputa a liga suíça, o resto está entre liga alemã, francesa, inglesa, em grandes clubes e a disputar grandes competições. Depois, Países Baixos, detentor do título, uma equipa fortíssima, a querer renovar o título conquistado em 2017 e a Suécia é uma equipa que, neste momento, é a melhor da Europa no ranking mundial, segunda do ranking mundial, tem um grupo experiente, jogadoras acima das 200 internacionalizações, que também têm uma ligeira vantagem competitiva: o seu campeonato neste momento está a decorrer por causa da forma como a liga é organizada nos países nórdicos. Será sempre um grupo difícil, teremos de estar ao mais alto nível», projetou.

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