Conceição premiado: «Podiam ser as 60 pessoas que trabalham no Olival»

5 jul 2022, 23:23
Sérgio Conceição (twitter FC Porto)

Técnico foi distinguido na gala Kick-Off da Liga

Eleito treinador do ano da Liga da época 2021/22, na gala Kick-Off, Sérgio Conceição começou por destacar os colegas de profissão.

«Quero começar por cumprimentar todos os que assistem a esta gala e os meus colegas que fizeram parte deste campeonato, que foram distinguidos mensalmente e que hoje não podem estar aqui. Estou eu, mas podiam estar 60 pessoas que trabalham diariamente no Olival e que nos permitiram conquistar este campeonato tão saboroso e merecido», afirmou, na gala.

Convidado a escolher um momento do campeonato, o técnico do FC Porto recordou a reviravolta em casa do Estoril, num encontro em que os dragões estiveram a perder 2-0.

«Houve momentos da época que foram extremamente importantes. Lembro-me, principalmente, do jogo no Estoril. Até à quarta jornada estivemos atrás do Benfica, depois com os mesmos pontos do Sporting, que perdeu no Santa Clara. Ao intervalo no Estoril estávamos a perder 2-0 e acabámos por ganhar 3-2. Trabalho diariamente com os jogadores e sei a forma ambiciosa e determinada como trabalham, mas ali foi uma confirmação disso. E percebemos que teríamos desafios muito difíceis pela frente», disse.

«Tivemos um mercado de janeiro em que perdemos três jogadores importantíssimos que foram os nossos últimos três melhores da Liga: o Corona, o Sérgio Oliveira e o Luis Díaz. Esse momento foi muito importante e permitiu à equipa continuar a ganhar de forma consistente e convincente. É um trabalho dos jogadores e de uma equipa técnica muito competente que dá o seu melhor todos os dias», prosseguiu.

E que título deu mais prazer a Conceição? O primeiro, em 17/18, ou este último?

«Ganhar dá-me sempre prazer. Todos os títulos são diferentes. O primeiro foi muito importante por tudo aquilo que o FC Porto vivia naquele momento, não só a nível desportivo, mas pelo período que teve de dificuldades financeiras. E continua a ter, porque infelizmente os clubes portugueses não vivem numa situação que deixe os treinadores potenciarem os jogadores mais importantes durante várias épocas seguidas. Acho que podemos e devemos ser mais competitivos se formos mais inteligentes e criativos com outro tipo de planeamento na Europa. Em Portugal temos treinadores cada vez mais apetrechados a esse nível. Nos escalões de formação há também muitos jovens com talento e falta-nos também essa capacidade de os segurar para sermos competitivos lá fora», argumentou.

«Acabo como comecei: o primeiro ano foi muitíssimo importante, mas todos os títulos são essenciais. Para quem ama o que faz ter vitórias na vida profissional é extremamente gratificante», atirou.

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