Liga: a análise da 20ª jornada

6 fev 2017, 23:56
FC Porto-Sporting (Lusa)

Dragão beijou a liderança depois do clássico, Benfica deu três pontapés na crise

Na 20ª jornada o FC Porto chegou ao topo, espreitou as vistas e respirou o ar puro da liderança que só tinha conhecido nas duas primeiras rondas, mas no dia seguinte voltou a submergir. Mas a verdade é que durante 20 horas e 11 minutos, o tempo que decorreu entre o final do clássico e o primeiro golo do Benfica ao Nacional, a equipa de Nuno Espírito Santo foi líder e colocou toda a pressão sobre o campeão que, depois de duas derrotas consecutivas, vinha a dar sinais de fragilidade. A resposta à ameaça de crise chegou no dia seguinte, com dois pontapés de Jonas e um de Mitroglou, mas ficou definitivamente desenhado um «sprint» a dois para esta segunda metade do campeonato.

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Um «sprint» a dois porque o Sporting, agora a nove do FC Porto e a dez do Benfica, atirou definitivamente com a toalha ao chão. Os leões até podiam ter caído do pódio, mas o Sp. Braga falhou a ultrapassagem com um empate caseiro diante do Estoril (1-1).

Uma jornada rica em termos de movimentações classificativas com destaque ainda para a passagem da lanterna vermelha do Tondela de Pepa ao Nacional de Jokanovic.

Mas voltemos ao clássico de sábado que, nesta altura do campeonato, foi mais do que um clássico. Era um jogo que tinha várias componentes em jogo. Do lado do FC Porto, depois do desaire do líder no Bonfim, havia a expetativa de chegar ao topo, pressionar o Benfica e afastar definitivamente o Sporting da luta pelo título. Do lado dos leões, era fundamental vencer para ainda acalentar alguma esperança de chegar mais perto dos adversários diretos. A expetativa não durou muito. Tiquinho Soares, a grande novidade no onze de Nuno Espírito Santo, abriu o marcador logo aos 7 minutos e bisou ainda antes do intervalo.

Os leões ficaram com uma montanha para subir na segunda parte. Ainda reduziram, com um golaço de Alan Ruiz, Adrien acertou na trave e Iker Casillas acabou também por ser figura neste clássico com grandes defesas a remates de Coates e Bas Dost. A verdade é que a «fortaleza» do Dragão segurou a vantagem e deixou o Sporting, como assumiu Jorge Jesus no final do jogo, fora da luta pelo título.

Do Minho aos Clássicos, o que aí vem na luta a dois pelo título

Acima de tudo, o FC Porto pressionava o Benfica e foi para a Luz que Nuno Espírito Santo focou a sua mira no final do clássico. A equipa de Rui Vitória, ainda castigado, vinha de dois resultados negativos e podia ceder à pressão de ter de vencer para voltar a ser primeiro. Uma suposta crise que ruiu a pontapés de Jonas que marcou os dois primeiros golos ao Nacional, numa vitória que acabaria por ser selada com mais um golo de Mitroglou. A ansiedade na Luz não durou mais de 26 minutos, até ao primeiro golo do brasileiro, e a tranquilidade chegou logo a seguir, aos 35, com o segundo. Afinal de contas, o Benfica mantinha a condição de líder que, aliás, já ostenta há dezasseis jornadas.

Nesta 20ª ronda o Vitória de Guimarães acabou por perder terreno para o Sp. Braga, ao perder em Paços de Ferreira (2-0).

O Desportivo de Chaves ficou a zeros com o Boavista e deixou a sexta posição para o Marítimo, que somou mais três pontos diante do Moreirense (1-0), que ainda não venceu depois de ter erguido a Taça da Liga.

O Arouca foi outros dos grandes vencedores desta ronda. A equipa de Lito Vidigal bateu um dos adversários diretos, o Vitória de Setúbal (2-1), e voltou a subir mais uns degraus na classificação, ficando já com a Europa à vista.

Em clara recuperação, o Feirense afastou-se um pouco mais da zona de despromoção com uma vitória sobre o Rio Ave (2-1).

Destaque ainda para a mudança do detentor da lanterna vermelha, no fundo da classificação, com o Tondela, com um empate arrancado no Restelo (0-0), a deixar a incómoda posição ao Nacional.

 

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