O jogador à FC Porto, o scouting e a formação: as metas de Zubizarreta

18 abr, 21:27

Espanhol foi apresentado como diretor desportivo de Villas-Boas, candidato às eleições do FC Porto

O espanhol Andoni Zubizarreta, apresentado esta quinta-feira como diretor desportivo de André Villas-Boas para a estrutura do futebol do FC Porto em caso de vitória nas eleições agendadas para 27 de abril, considerou que alcançar o «equilíbrio entre o desenvolvimento financeiro e o desenvolvimento desportivo» é uma das «grandes questões do futebol mundial» e abordou a sua perspetiva para o que pretende nos azuis e brancos.

«O André [Villas-Boas] apontou um dos elementos fundamentais: o desenvolvimento da formação. Falámos do scouting como um elemento que te dê vantagem no mercado, para que sejamos um projeto atrativo, para que o jogador entenda que o FC Porto é um sítio para se desenvolver, para crescer, para ser um grande futebolista. A captação de talento não se produz só por ir falar com um jogador, propor-lhe que venha para um clube e que ele diga que sim por uma discussão económica. Tem a ver com o valor da marca do clube, com a cidade, com as infraestruturas que tens, se é talento jovem que serviço lhes dás do ponto de vista educativo e da pessoa. Todos esses elementos fazem a diferença», disse Zubizarreta, na sede de campanha de Villas-Boas.

Questionado sobre o que é um jogador à FC Porto, o antigo guarda-redes, que já foi diretor desportivo do Athletic Bilbao, Barcelona e Marselha, brincou com quem tinha ao lado: Jorge Costa, apresentado como diretor de futebol das equipas profissionais.

«Bem, podia olhar para aqui [ndr: para Jorge Costa], tinha uma das respostas, seguramente (risos). Creio que quando eu jogava contra o FC Porto há uns anos, tive sempre a sensação de serem jogadores competitivos, intensos, com ritmo de jogo, muito boa qualidade técnica, boa compreensão do jogo e, sobretudo um amor à camisola muito importante. São elementos que são o ADN de FC Porto e de um clube que quer competir até ao mais acima possível», observou.

«Os projetos de formação são a médio, longo prazo. Creio que o primeiro olhar quando precisas de jogadores, ou quando pensas na planificação do ano seguinte, é primeiro nos teus de casa, o que tens em casa e a partir daí construir», disse ainda Zubizarreta, explicando como funcionará, na sua perspetiva, o scouting.

«O scouting é sempre uma área delicada dos clubes, são um pouco os nossos espiões por aí, que nos dão boa informação sobre jogadores. Não só a qualidade, mas como compete, o levar a camisola como é devido e temos de estruturar isso. Como podemos estar presentes, utilizar as novas tecnologias e como podemos utilizar essa rede para o desenvolvimento da formação, para captação e desenvolvimento de talento jovem. É uma das áreas delicadas das equipas. Sou daqueles que tem a ideia de partilhar com todos: com quem está no scouting, mas também com o Jorge, com as pessoas que trabalham na performance, mesmo na formação, entender o que procuramos. Criar o que se chamam linhas de sucessão, que indicam da equipa principal até aos sub-16 os jogadores que temos por posição, onde faltam jogadores e os que apareceriam a vermelho seriam aqueles que iriamos dizer ao presidente que precisamos de contratar e ver que possibilidades temos», referiu, confirmando que vai ver as meias-finais da Youth League a Nyon, na sexta-feira: o FC Porto defronta o Milan, às 17 horas.

«Sim, amanhã estaremos em Nyon a ver o jogo, primeiro olhamos para baixo, é uma das formas de fazer as coisas», afirmou.

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