Declarações de Artur Jorge, treinador do Sporting de Braga, em conferência de imprensa, após a derrota por 3-1 frente ao Farense, no Estádio São Luís, em Faro.
[Hoje foi um dia que não correu bem. O que falhou?]
Tudo. Sobretudo o que era mais importante que era possibilidade de ganhar aqui mais três pontos. Não conseguimos ganhar como queríamos e podíamos.
[Por que é que não conseguiram impor o vosso jogo?]
Sinto que, em alguns momentos, particularmente na primeira parte e até à reação em que fizemos o 2-1, a equipa foi menos agressiva do que o adversário, teve menos capacidade de ganhar os duelos, foi menos capaz de ganhar segundas bolas.
Tivemos dificuldade também na nossa construção e chegámos ao intervalo com um resultado de 2-0.
Procurámos reagir, mas, depois de fazer o 2-1, sofremos imediatamente o terceiro golo e depois foi a equipa mais a procurar com o coração do que com a cabeça e a não ser capaz de definir bem.
[Sentiu que o jogo com o Nápoles estava na cabeça de alguns jogadores?]
Eu não quero acreditar que isso seja possível. Nós, a este nível, temos de ter a capacidade de separar muito bem os momentos. Neste mês, vamos ter seis jogos, dois dos quais para a Liga dos Campeões, portanto tem que haver a separação do que possa ser o estado emocional para abordar um ou outro jogo.
Hoje, não fomos felizes.
[Como vê a reação dos adeptos no final, despedindo-se da equipa com palmas?]
Não me surpreende. Nós temos tido um apoio incansável dos nossos adeptos: jogamos para eles e por eles e hoje não fomos capazes de lhes dar aquilo que eles queriam.
[Como foi o reencontro com o filho, que joga no Farense? Como viu a exibição dele?]
Sim, foi um jogo especial. Vi que o Artur, de facto, fez um grande jogo e ajudou a equipa.
