Selecionador espanhol lamenta ausência do VAR no Euro sub-21

3 jun 2021, 22:05
Sub-21: Espanha-Portugal

Entre críticas à arbitragem, Luis de la Fuente deu os parabéns aos seus jogadores e considerou que a falta de eficácia foi decisiva para a passagem portuguesa à final

Luis de la Fuente, selecionador espanhol de sub-21, em declarações na sala de imprensa do estádio Ljudski Vrt, após a eliminação nas meias-finais do Euro da categoria contra Portugal:

«Felicitei os jogadores e disse-lhes que estava orgulhoso do trabalho que fizeram e do comportamento que tiveram durante todo este tempo. Foi um orgulho treiná-los. O futuro do futebol espanhol está garantido. Temos gerações muito boas e voltámos a prová-lo. O lance do penálti? É clarrísimo.

VAR? Creio que tudo o que ajude neste tipo de situações, sim. Sou fervoroso defensor do VAR. Há dois anos houve VAR e este ano não houve. Parece que estou a justificar alguma coisa, mas não. Isto prova que o VAR ajuda muito mais o futebol do que prejudica.

A primeira parte foi bastante controlada. As duas equipas tiveram medo de correr riscos. Na segunda parte tivemos outra atitude, fomos ambiciosos, agressivos no ataque e criámos ocasiões suficientes para estarmos em vantagem. Estes jogos são tão equilibrados que quando não tens eficácia... Não se trata de jogar melhor ou pior, mas de dominar mais detalhes. Esses detalhes acabam por fazer a diferença. 

Saída do Brahim Díaz? Entendi que precisávamos de refrescar os corredores. Precisámos de gente fresca e esse foi o motivo. Estava um pouco fatigado, mas entendi que precisávamos de mais frescura.

[Como está Jorge Cuenca, autor do autogolo]:

«O grupo é muito unido, é quase uma família. O Jorge Cuenca não tem culpa de nada. Ele tentou cortar a bola, o ressalto foi estranho e a bola surpreendeu o nosso guarda-redes. O Jorge Cuenca não tem culpa. Teve um comportamento espetacular e uma grande progressão connosco. Só tenho palavras de agradecimento para todos.

Acho que é bom haver frustração. Não devemos estar habituados a ganhar nem devemos deixar de ter o hábito de tentar ganhar. Essa ambição, essa vontade de melhorar constantemente é interessante e só assim se cresce. É preciso valorizar o que conseguimos, independentemente dos resultados. Uma equipa que deixa a vida, que dá tudo, nunca perde. Não estou desiludido com a equipa ou com os jogadores. Sei o que custa ganhar. Não é fácil ganhar. Quanto mais vezes ganhares, mais perto estás de perder. Devemos reconhecer que estamos a trabalhar bem e que o futuro do futebol espanhol está garantido. Espero que possamos voltar a chegar a uma meia-final daqui a dois anos. »

 

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