Antiqvvum, de Vítor Matos, eleva a fasquia e junta-se a sete restaurantes. Ainda não é desta que chega a terceira estrela a um restaurante português
Esperava-se uma noite histórica e foi isso que aconteceu. A primeira gala de atribuição das Estrelas Michelin exclusivamente portuguesa – o guia queria “colocar Portugal no mapa da culinária mundial” – deixava adivinhar que vinham aí boas notícias. E isso mesmo confirmou-se, numa gala que decorreu no Palácio de Congressos de Albufeira, no Algarve.
Portugal continua a ter 31 restaurantes com uma estrela Michelin (“cozinha de grande nível, compensa parar”). Há ainda oito restaurantes com duas estrelas Michelin (“cozinha excelente, vale a pena o desvio”).
Do guia do ano passado saem o Eneko, o Vistas e o Largo do Paço (tinham todos uma estrela), sendo que o primeiro foi encerrado, o chef do segundo deixou o projeto e o terceiro está num processo de remodelação desde 2023.
Veja abaixo a lista completa do Guia Michelin em Portugal para 2024:
Duas estrelas (a negrito o novo):
Antiqvvm (Porto, Vítor Matos)
Alma (Lisboa, chef Henrique Sá Pessoa)
Belcanto (Lisboa, chef José Avillez)
Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, chef Rui Paula)
Il Gallo d'Oro (Funchal, chef Benoît Sinthon)
Ocean (Alporchinhos, chef Hans Neuner)
The Yeatman (Vila Nova de Gaia, chef Ricardo Costa)
Vila Joya (Albufeira, chef Dieter Koschina)
Uma estrela (a negrito os novos):
Two Monkeys (Lisboa, Vítor Matos e Francisco Quintas)
Desarma (Funchal, Octávio Freitas)
Ó Balcão (Santarém, Rodrigo Castelo)qv
Sála de João Sá (Lisboa, João Pedro Sá)
100 Maneiras (Lisboa, chef Ljubomir Stanisic)
A Cozinha (Guimarães, chef António Loureiro)
Al Sud (Lagos, chef Louis Anjos)
A Ver Tavira (Tavira, chef Luís Brito)
Bon Bon (Carvoeiro, chef José Lopes)
CURA (Lisboa, chef Pedro Pena Bastos)
Eleven (Lisboa, chef Joachim Koerper)
Encanto (Lisboa, chef José Avillez)
Epur (Lisboa, chef Vincent Farges)
Esporão (Reguengos de Monsaraz, chef Carlos Teixeira)
Euskalduna Studio (Porto, chef Vasco Coelho Santos)
Feitoria (Lisboa, chef André Cruz)
Fifty Seconds by Martín Berasategui (Lisboa, chef Rui Silvestre)
Fortaleza do Guincho (Cascais, chef Gil Fernandes)
G Pousada (Bragança, chef Óscar Gonçalves)
Gusto by Heinz Beck (Almancil, chef Libório Buonocore)
Kabuki Lisboa (Lisboa, chef Sebastião Coutinho)
Kanazawa (Lisboa, chef Paulo Morais)
LAB by Sergi Arola (Sintra, chefs Sergi Arola e Vladimir Veiga)
Le Monument (Porto, chef Julien Montbabut)
Loco (Lisboa, chef Alexandre Silva)
Mesa de Lemos (Viseu, chef Diogo Rocha)
Midori (Sintra, chef Pedro Almeida)
Pedro Lemos (Porto, chef Pedro Lemos)
Vila Foz (Porto, chef Arnaldo Azevedo)
Vista (Portimão, chef João Oliveira)
William (Funchal, chef Luís Pestana)
Portugal conta também com mais dois restaurantes com estrela verde (que distingue a gastronomia sustentável): Malhadinha Nova (João Sousa, Albernoa) e Ó Balcão (Rodrigo Castelo, Santarém).
Numa noite em que o ministro da Economia e Mar, António Costa e Silva, pediu estrelas para mulheres cozinheiras, o prémio jovem chef foi atribuído a Rita Magro (Blind, Porto). O prémio sala (que distingue o serviço) foi entregue a Pedro Marques (The Yeatman, duas estrelas, Gaia), enquanto o sommelier galardoado foi Leonel Nunes (Il Gallo d'Oro, duas estrelas, Funchal).
Na cerimónia, foram anunciados oito novos restaurantes Bib Gourmand (relativo a uma boa relação qualidade/preço, na ordem dos 45 euros): Flora (João Guedes Ferreira, Viseu); Inato Bistrô (Tiago Costa e Miguel Rodrigues, Braga); Norma (Hugo Alves, Guimarães), O Pastus (Annakaren Fuentes, Paço de Arcos); Olaias (Mónica Gomes, Figueira da Foz); Oma (Luís Moreira, Baião); Patio 44 (Simão Soares e Afonso Ramos, Porto) e Poda (João Narigueta, Montemor-o-Novo).
Há também mais 21 estabelecimentos recomendados no guia.