Nélson Veríssimo: «Lugar à disposição? Não, isto é uma luta»

4 fev 2023, 23:50
Nélson Veríssimo no Famalicão-Estoril (Fernando Veludo/Lusa)

Estoril-V. Guimarães, 0-1 (reportagem)

Nélson Veríssimo, treinador do Estoril, em conferência de imprensa, depois da derrota, em casa, diante do V. Guimarães (0-1), em jogo da 19.ª jornada da Liga:

[Análise ao jogo e ao momento da equipa]

- Perdemos o jogo, essa é a primeira conclusão. Numa sequência dos últimos quatro jogos, ganhámos o primeiro e perdemos os últimos três. Olhando para o jogo, em termos de oportunidades criadas, do jogo jogado, traduz aquilo que tem sido o crescimento desta equipa. No entanto, sabemos desde o inicio quais os riscos que corríamos quando construímos um plantel, com muita qualidade, mas com bastante juventude. Quando as coisas não correm bem, temos de ter capacidade de acreditar que as coisas vão mudar Se estou preocupado? É evidente que sim, mas se me perguntarem se estou preocupado com o processo, não, temos uma equipa jovem e com muita qualidade.

- Em relação ao jogo, penso que a primeira parte foi melhor do que a segunda. Na segunda fomos perdendo alguns equilíbrios porque também arriscámos mais. Juntei o João Carlos ao Cassiano, perdemos alguma vantagem em termos de posicionamento, mas os jogadores que estiveram lá dentro deram tudo. Mas também tenho de dizer que quem entra tem de dar mais, têm de demonstrar. Hoje alguns jogadores não acrescentaram nada àquilo que estava a acontecer dentro de campo.

- Agora é olhar para o futuro, faltam dezasseis jogos, temos muitos jogos pela frente, são dezasseis finais. A qualidade dos jogadores e o que temos feito como equipa dá-nos esperança em relação ao que possa vir a acontecer na temporada.

[O Estoril sofreu um golo cedo, o que faltou para reagir?]

- O golo era um lance que podíamos ter controlado de outra maneira. Podíamos ter controlado esse momento em que não tínhamos bola, mas a verdade é que vi uma reação positiva da equipa. A equipa continuou a jogar, a criar oportunidades de golo. Sabemos que o momento não traz a melhor lucidez para o critério que temos de ter no último terço do jogo. De qualquer forma, ter a consciência que criámos, tivemos situações próximas da área, falta-nos concretizar. Quase que diria que tivemos mais oportunidades de golo do que o Vitória, mas o Vitória, com menos situações, conseguiu criar um perigo mais real junto da nossa baliza.

[Pensou colocar o lugar à disposição face à contestação no final?]

- Não. Isto é uma luta. Sabia ao que vinha, começamos muito bem, mas neste momento em que as coisas não estão bem, tudo vem ao de cima. Faço parte deste projeto, sinto-me com confiança e disponibilidade, até porque sei que os jogadores trabalham bem durante a semana. Quando sentir que eles deixam de correr, aí, sim, termina o meu ciclo, mas enquanto eles continuarem, eu também estou nesta luta.

[O Estoril tem dificuldades em dar a volta a resultados negativos?]

- Já tivemos um jogo com o Rio Ave em que conseguimos empatar depois de eles terem dado a volta ao resultado, com um golo de Gouveia. Quando sofremos um golo, fica sempre mais difícil para conseguir outro resultado. Isso leva-nos para trabalhar mais a nossa organização defensiva para cada vez darmos menos possibilidades aos adversários. A equipa é jovem, tem qualidade e estou convencido que, olhando para o jogo jogado, há sinais positivos. Olhando para o processo, para o crescimento da equipa, está lá tudo, temos de ter paciência. Temos dezasseis finais pela frente e com toda a motivação que temos as coisas vão chegar.

Relacionados

Patrocinados