Pedro Sánchez justifica lei da amnistia: "O independentismo catalão não é terrorismo"

1 fev, 15:28
Pedro Sánchez (Geert Vanden Wijngaert/AP)

Lei vai abranger todos os catalães que tentaram um movimento para separar a Catalunha de Espanha

O primeiro-ministro de Espanha confirmou que todos os independentistas catalães vão ser abrangidas pela amnistia que faz parte do acordo formado por PSOE e Junts.

Em declarações a partir de Bruxelas, numa altura em que Espanha tem a presidência rotativa do Conselho Europeu, Pedro Sánchez afirmou que “o independentismo catalão não é terrorismo”.

“Todos os independentistas catalães vão ser amnistiados porque não são terroristas”, acrescentou, depois de um Conselho Europeu que discutiu e aprovou novo financiamento para a Ucrânia.

Disse o primeiro-ministro espanhol que o projeto de lei que está em cima da mesma não considera figuras como Carles Puigdemont terroristas, definindo a amnistia como o “passo definitivo” que “conta com um amplo consenso da sociedade catalã, que é a que mais sofreu com esta crise”.

O problema para Pedro Sánchez é que dificilmente esta medida conta com o apoio da maioria dos espanhóis, mas esta foi a solução encontrada para os socialistas poderem formar governo, através de uma série de acordos que também juntam partidos à esquerda ou nacionalistas bascos.

Curiosamente, e apesar de sair beneficiado, o Junts rejeitou a primeira votação da lei, tentando pressionar Pedro Sánchez a ir ainda mais além nas concessões aos independentistas.

“Desenhámos uma norma reparadora e constitucional. Se conseguirmos esta lei de amnistia, o objetivo é que saia assim do Congresso”, explicou.

A lei de amnistia abrangerá pessoas envolvidas no movimento de autodeterminação da Catalunha entre 2011 e 2023, o que inclui o referendo ilegal e a declaração unilateral de independência de 2017.

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