Puigdemont dá a volta a Sánchez e lei da Amnistia acaba chumbada

CNN Portugal , Com Lusa
30 jan, 17:52
Puigdemont libertado

Juntos Pela Catalunha não concorda com uma amnistia seletiva. A lei volta à Comissão de Justiça para ser renegociada

A lei da Amnistia dos independentistas espanhóis foi chumbada pelo Congresso - com 171 votos a favor e 179 contra. O Juntos pela Catalunha, partido separatista do ex-presidente do governo regional catalão, Carles Puigdemont, que seria um dos principais beneficiários da medida, cumpriu a sua ameaça e os seus sete deputados votaram contra o projecto de lei da Amnistia, que terá agora de ser devolvido à Comissão de Justiça para ser renegociado. 

Durante o debate da lei, esta manhã, os socialistas rejeitaram todas as alterações propostas pelo Juntos pela Catalunha, que apelavam ao alargamento da amnistia aos crimes de terrorismo e traição. Então, o grupo de Carles Puigdemont decidiu votar a favor do parecer, mas contra a lei como um todo. Isto significa que a lei vai agora regressar à Comissão de Justiça para nova negociação, incluindo a revisão das alterações que não tiveram sucesso até agora, entre as quais a proposta do Juntos pela Catalunha de eliminar o termo terrorismo do texto. Um novo acordo terá de ser encontrado no prazo de um mês ou a lei será definitivamente abandonada. 

O Juntos pela Catalunha votou ao lado dos partidos da direita, que se opõem à amnistia, por não concordar com a versão da lei que foi a votos hoje à tarde e querer introduzir-lhe alterações que ampliem o âmbito de aplicação, dando mais garantias de que Puigdemont e outros líderes separatistas serão amnistiados.

Carles Puigdemont vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola após ter protagonizado uma declaração unilateral de independência da Catalunha naquele ano.

A amnistia foi uma exigência dos partidos independentistas da Catalunha para viabilizarem o último Governo do socialista Pedro Sánchez, em novembro do ano passado.

 

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