Polícia foi obrigada a chamar reforços e registaram-se vários confrontos
Pedro Sánchez já voltou a ser nomeado primeiro-ministro de Espanha, mas as ruas continuam os protestos, que esta quinta-feira subiram de tom. Em Madrid foram mais de quatro mil as pessoas que se manifestaram contra a nomeação do líder socialista, envolvendo-se em confrontos com a polícia.
Uma concentração semelhante, ainda que mais pequena, foi vista em Barcelona.
Depois de um início pacífico, a polícia acabou por chamar reforços e carregar sobre os manifestantes. Até ao momento há 10 detidos e já vários feridos.
Nos vários cartazes contra Pedro Sánchez podem ver-se as mais variadas críticas. Num deles lia-se "lembra-te que Judas se enforcou", comparando o primeiro-ministro àquele que traiu Jesus, numa clara alusão às amnistias.
Em Madrid foram atirados petardos e tochas contra a polícia que protegia a sede do PSOE, na rua Ferraz, onde se juntou a maioria dos manifestantes.
A amnistia acordada para os nacionalistas e independentistas catalães é o principal motivo de contestação nas ruas de Espanha. Este é o 14.º dia de manifestações, que têm subido de tom de dia para dia.
Os protestos estenderam-se a outras cidades espanholas. Em Melilla, por exemplo, a sede do PSOE foi vandalizada pelos manifestantes.