Condenado a 15 meses + 6.000€: José María López tratou Carlota Prado "como um brinquedo sexual"

CNN Portugal , MCP
18 abr 2023, 16:53
Gran Hermano (telecinco)

Tratam-se de dois ex-concorrentes do Big Brother espanhol. Agressão só se tornou pública dois anos depois de acontecer

“Como um brinquedo sexual” foi como o ex-concorrente do Big Brother Revolution (Espanha) José María López tratou a também ex-concorrente Carlota Prado, a 4 de novembro de 2017, durante uma festa transmitida em direto na casa onde foi gravado o reality show. Esta segunda-feira, José María López conheceu a sentença: o Tribunal Superior de Justiça de Madrid determinou 15 meses de prisão por abuso sexual.

“Carlota Prado foi utilizada pelo arguido como objeto de satisfação, como um brinquedo sexual, sem a menor sombra de consentimento e, consequentemente, de liberdade, da sua parte em tudo o que aconteceu”, refere o acórdão, citado pelo jornal El País.

O juiz também impôs uma ordem de restrição de quatro anos a López, período durante o qual não pode entrar em contacto com a vítima. Foi ainda condenado a pagar 6.000 euros por compensação.

A produtora Zeppelin, responsável pelo programa televisivo, também está incluída na sentença e, conjuntamente com a seguradora Chubb European Group LTD, deve indemnizar a vítima em 1.000 euros pelos danos morais adicionais causados ​​pela forma como comunicou, na manhã seguinte, o crime de que Carlota Prado tinha sido vítima.

Em comunicado, a produtora manifestou “o seu respeito pela sentença proferida no processo penal, durante o qual colaborou com a justiça de forma absolutamente transparente”. No mesmo documento, a empresa recorda que informou as autoridades sobre os factos em julgamento e argumenta que mostraram as imagens à vítima com intenção de "evitar erros ou omissões que possam ocorrer numa comunicação verbal". A produtora garante que “em todos os momentos havia pessoas da organização e psicólogos preparados para entrar para acompanhá-la”.

A agressão só se tornou pública dois anos depois de acontecer, quando um site de notícias espanhol divulgou imagens do momento em que os produtores mostraram à vítima o vídeo da agressão.

Perante todos os factos, o juiz considera comprovado que o arguido, “guiado por um espírito libidinoso, sabendo que Carlota se encontrava sob os efeitos de um torpor etílico que mais tarde a levaria à inconsciência, tirou-lhe as calças – quando ambos ocupavam o mesmo quarto-cama — e começou a fazer movimentos de natureza sexual sob o edredom, apesar de a vítima ter lhe dito fracamente 'não posso'”.

Apesar de tudo, o condenado continuou, até que Carlota Prado “vomitou e ficou completamente atordoada” e a produção interveio. Na manhã seguinte, "ver o que aconteceu causou na vítima profundo desconforto, surpresa, dor e posteriormente ansiedade e stress, que mais tarde levaram a um distúrbio psicológico".

Durante a declaração no julgamento, José María López disse que não teve "a percepção de que Carlota Prado estava inconsciente". Agora, o seu advogado, Antonio Madrid, insiste nessa ideia e refere que pode recorrer à decisão.

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