Grupo armado entra com "bombas" em direto na televisão nacional do Equador. Presidente declara estado de "conflito armado interno" e já há detidos

António Guimarães , (notícia atualizada às 23:00)
9 jan, 20:12
Polícia do Equador nas ruas durante estado de emergência (Dolores Ochoa/AP)

Presidente equatoriano assinou decreto a declarar Conflito Interno Armado contra vários grupos organizados. A polícia equatoriana deteve 13 pessoas e apreendeu armas e "outras provas" do ataque.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou esta terça-feira o estado de "conflito armado interno" no país horas depois de um grupo de homens armados entrado em direito no canal público de televisão nacional enquanto a transmissão estava a decorrer.

"Ordenei às forças armadas para que avancem com operações militares para neutralizar este grupo", escreveu Daniel Noboa, numa publicação na rede social X.

Como resultado da operação, a polícia do Equador deteve 13 pessoas e apreendeu armas e "outras provas" do ataque. "Os reféns foram libertados e os trabalhadores estão em segurança. Os perpetradores serão apresentados à justiça para serem punidos pelos atos terroristas", adiantou a polícia, numa publicação na mesma rede social.

De acordo com a agência Associated Press (AP), os homens armados irromperam no estúdio da TC Television com as caras cobertas e ameaçaram todas as pessoas presentes.

Tudo aconteceu na cidade de Guayaquil, com o grupo a gritar que estava na posse de “bombas”. Sons semelhantes a tiros foram ouvidos na transmissão.

A polícia equatoriana publicou, entretanto, dois vídeos da operação que já foi montada à porta do canal.

Tudo isto acontece numa altura em que o Equador tem sido alvo de uma série de ataques, alguns deles com explosões e até raptos de agentes da polícia.

Em causa está o estado de emergência imposto pelo governo depois de um poderoso líder de um gangue ter escapado da prisão.

O presidente do Equador anunciou, entretanto, que assinou um decreto executivo a declarar Conflito Armado Interno contra várias organizações de crime organizado transnacional. Daniel Noboa Azin identificou nas redes sociais os respetivos grupos.

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