Renováveis em máximos. Portugal está a produzir mais do que consome há seis dias consecutivos

ECO - Parceiro CNN Portugal , Jéssica Sousa
6 nov 2023, 18:05
Energia solar (foto: Rafiq Maqbool/AP)

Desde o dia 31 de outubro que Portugal está a produzir mais energia renovável do que aquela que consome. REN contabiliza 149 horas consecutivas, superando o recorde de 2019

As sucessivas depressões meteorológicas têm atirado a produção de energia renovável em Portugal para novos máximos.

De acordo com a Redes Energéticas Nacionais (REN), entre as 4:00 do passado dia 31 de outubro e as 09:00 desta segunda-feira, 6 de novembro, contabilizaram-se 149 horas consecutivas em que as energias de fontes renováveis foram superiores às necessidades de consumo industrial e das famílias de todo o país.

Durante esse período, foram produzidos 1102 gigawatts-hora (GWh), superando em 262 GWh o valor de consumo nacional para o mesmo período, que é equivalente a 840 GWh. Este número permite que o recorde anterior, de 2019, seja ultrapassado, altura em que se contabilizaram 131 horas de produção de energia renovável consecutiva.

Além das horas consecutivas recorde, a REN dá conta de outros dois novos máximos: o primeiro, entre as 22h00 de dia 31 de outubro e as 09h00 desta segunda-feira: a produção de energia renovável foi maior do que a necessária para abastecer todo Sistema Elétrico Nacional — incluindo as necessidades de bombagem nas albufeiras hidroelétricas –, sem que tenha sido necessário qualquer recurso a fontes de geração térmica convencional, nomeadamente às Centrais de Ciclo Combinado a gás natural. Foram 131 horas consecutivas, quase triplicando o anterior recorde, datado de 2021, em que se manteve o registo durante 56 horas.

Já no segundo recorde verificou-se entre as 10:00 de dia 1 de novembro e as 09:00 de dia 5 de novembro, o corresponde a 95 horas seguidas em que a produção renovável foi maior que o consumo, sem necessidade de recurso a centrais de gás natural. Nesse período, Portugal exportou energia para Espanha e superou o anterior recorde de 52 horas, registado em 2018.

“Estes importantes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, mantendo os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço”, lê-se na nota da REN.

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