Cúpula do PS marca reunião para o dia a seguir em que se sabe se há ou não desempate com o PSD

Agência Lusa , AM - notícia atualizada às 13:07
15 mar, 11:46
Pedro Nuno Santos na noite eleitoral (Lusa)

A votação das eleições ainda não está fechada. Neste momento há empate

O PS vai reunir a Comissão Política Nacional (CPN) no próximo dia 21 para analisar a situação política, anunciou o partido.

A reunião da CPN, marcada para as 21:00 na sede nacional, em Lisboa, realiza-se um dia depois de serem divulgados os resultados das eleições legislativas de domingo passado - falta fechar a contagem dos círculos da Europa e Fora da Europa. Há quatro deputados em jogo, o PS tem 77 neste momento, o PSD tem 77 e o CDS tem dois (dando 79 para a AD).

Fonte oficial socialista disse à Lusa que o Secretariado, órgão executivo da CPN, se reúne antes, na próxima segunda-feira, dia 18. No sábado seguinte, dia 23, reúne-se a Comissão Nacional, o órgão deliberativo máximo entre Congressos, adiantou a mesma fonte.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, sem os círculos da emigração, a Aliança Democrática (AD), que concorreu no continente e nos Açores, elegeu 76 deputados.

Somando a estes resultados os três eleitos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 79 mandatos – 77 do PSD e 2 do CDS-PP.

O PS elegeu no domingo 77 deputados, num total de 230. Na análise por círculo, os socialistas apenas venceram em Lisboa, Coimbra, Castelo Branco e Setúbal.

Na noite eleitoral, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu a derrota face à coligação de direita, antecipando que não obstaculizará a formação desse executivo, e disse que liderará a oposição e que vai renovar o seu partido.

Apesar destes resultados, o secretário-geral do PS disse que o seu partido está “forte, unido e coeso”, prometeu renová-lo e manifestou-se seguro de que a estratégia de oposição não será contestada internamente.

Pedro Nuno Santos assumiu que não obstaculizará a formação de um Governo minoritário da AD, já que não tem uma maioria alternativa para apresentar no parlamento e, por isso, não votará a favor de nenhuma moção de rejeição a esse executivo.

Porém, separou o plano da formação do Governo da questão da viabilização de instrumentos de politica fundamentais, como o Orçamento do Estado. Interrogado se viabilizará orçamentos, avisou que resistirá a todas as pressões, que “já começaram”.

“O PS vai liderar a oposição. Não vai deixar a oposição para o Chega e para André Ventura. A direita ou a AD não contem com o PS para governarem, porque não somos nós que os vamos suportar. E não vai haver divisão no PS”, declarou. Mas Pedro Nuno Santos foi ainda mais longe:

“O tempo da tática na política connosco acabou e comigo acabou” - uma resposta que aparentou ser uma crítica indireta ao primeiro-ministro cessante, António Costa.

Em relação à subida eleitoral do Chega, Pedro Nuno Santos considerou que a extrema-direita teve um crescimento “muito expressivo que não dá para ignorar”. No entanto, na sua opinião, “não há 18,1% de portugueses votantes racistas e xenófobos”.

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