“Candidato-me a presidente do Chega com um objetivo ambicioso e difícil, mas claro: vencer as eleições legislativas de 2024”

Agência Lusa , PP
7 jan, 18:27

André Ventura anuncia recandidatura à presidência do Chega

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou hoje a sua recandidatura à presidência do partido na Convenção do próximo fim de semana, apontando que tem como objetivo a vitória nas eleições legislativas de dia 10 de março.

“Candidato-me a presidente do Chega com um objetivo ambicioso e difícil, mas claro: vencer as eleições legislativas de 2024”, afirmou André Ventura na sede do partido, em Lisboa, considerando que o trabalho que iniciou em 2019 “ainda não foi concluído”.

“Esta Convenção ocorre no seguimento da decisão do Tribunal Constitucional, conhecida de todos, e em que se constatou a necessidade de uma reeleição dos órgãos nacionais”, acrescentou.

O Tribunal Constitucional invalidou, no ano passado, a convocatória da V Convenção do Chega, que decorreu em Santarém entre 27 e 29 de janeiro de 2023 e, consequentemente, a aprovação do regulamento eleitoral e de funcionamento dessa reunião.

André Ventura considerou que vencer as eleições legislativas de março será o caminho para “criar, alternativamente, uma maioria de direita no espetro parlamentar ao longo dos próximos anos”.

O líder partidário considerou que terá também uma “ambição interna e de natureza estritamente política”, nomeadamente através da implementação do partido pelo território nacional em assembleias municipais, câmaras municipais e juntas de freguesia nas autárquicas de 2025.

De igual forma, salientou que pretende levar mais jovens para o partido – “não só para os órgãos do partido, como para o estabelecimento político nacional”.

A VI Convenção do Chega vai decorrer nos dias 12, 13 e 14 de janeiro em Viana do Castelo e André Ventura espera apresentar “um programa ambicioso e completo” e que seja “uma alternativa à bipolarização PS e PSD”.

Nesse sentido, argumentou que o partido não poderá criticar os eleitores por escolherem os mesmos se não apresentarem uma “alternativa à altura”.

“Não podemos criticar os portugueses por escolher os mesmos se não formos capazes de lhes darmos a alternativa à altura, com qualidade, com credibilidade e com prestígio, que é importante nos grandes e decisivos momentos da história”, afirmou.

André Ventura critica discurso de Pedro Nuno Santos, que diz ter sido “o rosto da habitação”

O presidente do Chega, André Ventura, criticou ainda o discurso do novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerando que foi “o rosto da habitação do Governo durante os últimos anos”.

“Se ele tivesse uma proposta, de facto, para ajudar a conter o valor das rendas ou para aumentar os apoios às rendas – que, aliás, estão atrasados –, ou para conter a crise da habitação, ou aumentar o parque habitacional público, então ele tê-lo-ia feito quando teve essa oportunidade, é que foi ministro que tutelou esta área”, afirmou.

Questionado sobre o congresso do Partido Socialista que se realizou entre sexta-feira e hoje, em Lisboa, o líder do Chega considerou que Pedro Nuno Santos se apresentou “como se não tivesse nada a ver com o partido e com o Governo em que esteve nos últimos anos”.

Nesse sentido, rejeitou as medidas apresentadas por Pedro Nuno Santos no discurso de encerramento do congresso socialista.

“São meramente iniciativas programáticas e mostram uma grande falta de vergonha e de responsabilização face à participação que ele próprio teve no Governo socialista”, apontou.

Quanto ao facto de o Chega não ter estado presente no congresso do PS, André Ventura considerou que a ausência de um convite mostra que o seu partido é o único que “coloca em causa os interesses instalados do Partido Socialista”.

Em antevisão às eleições legislativas de 10 de março, André Ventura apontou que “se houver uma maioria de direita” nessa noite, o seu telefone “será para procurar garantir uma convergência e a possibilidade de formar um governo”.

“O nosso grande objetivo tem de ser impedir o PS de governar”, insistiu André Ventura, que anunciou a sua recandidatura à liderança do partido na Convenção do próximo fim de semana.

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