Lucros da EDP disparam 83% para 946 milhões até setembro

ECO - Parceiro CNN Portugal , Ana Batalha Oliveira
2 nov 2023, 19:30
EDP

Olhando isoladamente para o terceiro trimestre de 2023, a subida nos lucros foi de 141% em relação aos mesmos três meses de 2022

Os lucros da EDP, relativos aos primeiros nove meses do ano, dispararam 83% face ao mesmo período de 2022, para os 946 milhões de euros, informou a empresa.

Numa leitura isolada do terceiro trimestre de 2023, a subida nos lucros foi de 141% em relação aos mesmos três meses de 2022. A empresa regista um total de 509 milhões de euros em lucro entre julho e setembro.

“O resultado líquido da EDP nos primeiros nove meses de 2023 alcançou 946 milhões de euros suportado, por um lado, pela recuperação da produção hídrica em Portugal em 61% face à seca extrema em 2022″, mas também “pelo aumento de resultado líquido recorrente do Brasil” e “pelo impacto das mais-valias das duas transações de rotação de ativos em Espanha e na Polónia”, escreve a energética em comunicado, publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O EBITDA recorrente aumentou 26% para os 3,8 mil milhões de euros, impulsionado pela subida da produção hídrica e normalização dos custos de abastecimento de eletricidade e gás face aos primeiros nove meses de 2022, indica a EDP. No entanto, ao nível da Península Ibérica, o EBITDA baixou 3% devido ao impacto da inflação nos custos operacionais.

O investimento nos primeiros nove meses de 2023 totalizou os 4,1 mil milhões de euros, sendo que a maior fatia foi dirigida à América do Norte. Seguiu-se o Brasil, que captou 16% do investimento, e finalmente Portugal, com direito a uma fatia de 13%.

A empresa salienta que 97% do investimento está alinhado com a taxonomia europeia e recai sobretudo sobre projetos de energias renováveis, assim como sobre as redes elétricas em Portugal, Espanha e Brasil. “As energias renováveis representaram já 85% da produção total de eletricidade da EDP, contribuindo para a forte redução de emissões de CO2 (scope 1 e 2) em -51% face a 2022”, lê-se no comunicado.

A dívida líquida subiu 28% para os 16,9 mil milhões entre dezembro de 2022 e o último mês de setembro. “Até ao final do ano, a EDP conta securitizar a maior parte do défice tarifário acumulado durante o ano assim como realizar o encaixe de uma parte significativa das transações de venda entretanto anunciadas”, indica a EDP.

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