EDP avança com pedido para fechar três centrais a carvão em Espanha

Agência Lusa , PF
27 out 2023, 10:41
EDP

Está ainda prevista a conversão da central térmica Aboño II, em Espanha, de carvão para gás, “a ocorrer expectavelmente em meados de 2025"

A EDP avançou com um pedido para fechar três centrais termoelétricas a carvão em Espanha e vendeu metade do grupo de centrais Aboño ao seu segundo maior acionista, para conversão de uma outra central térmica de carvão para gás.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP informou que avançou com um “pedido de autorização ao operador do sistema elétrico (Red Eléctrica) para encerrar a central a carvão Aboño I, assim como as restantes centrais a carvão da EDP em Espanha (Soto 3 e Los Barrios)”.

Adicionalmente, a elétrica informou sobre a constituição de uma nova parceria com o Grupo industrial sediado nas Astúrias Corporación Masaveu - que controla a Oppidum, segundo maior acionista da EDP - através da alienação de uma participação de 50% em Aboño, refletindo um valor da empresa (‘enterprise value’) de cerca de 350 milhões de euros e um valor patrimonial (‘equity value’) de 60 milhões de euros para 100% do ativo.

Está ainda prevista a conversão da central térmica Aboño II, em Espanha, de carvão para gás, “a ocorrer expectavelmente em meados de 2025 e representando um investimento de ‘mid double-digit’ de milhões de euros, continuando a operar na combustão de gás de alto forno, um caso de estudo de economia circular na Europa através da valorização deste subproduto, evitando a emissão de 1 milhão de toneladas de CO2 por ano”.

Aboño consiste num grupo de duas centrais térmicas (Aboño I e II) com uma capacidade instalada total de 904 Megawatts (MW), perto de Gijón e do porto de Musel, e, segundo a empresa, desempenha um papel importante no apoio à segurança do fornecimento de eletricidade à região das Astúrias.

“A nova parceria entre a EDP e CM, consolidada pela EDP através do método de equivalência patrimonial, prevê o controlo conjunto na gestão de Aboño e a transferência do passivo das centrais”, explicou a EDP, acrescentando que vai manter 100% da gestão e “o desenvolvimento dos projetos de transição justa a decorrer em Aboño, nomeadamente projetos de hidrogénio e energias renováveis”.

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