PT: veto do Estado não se repetirá na «nova Europa»

Redação , CPS
1 jul 2010, 11:14
Assembleia geral de accionistas da PT

Espanha aguarda que instituições comunitárias declarem «golden-share» do Estado português na PT «ilegal»

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol disse esta quinta-feira que «no novo período europeu» situações com a do veto do Governo português da operação da Vivo «não se vão pode repetir».

Questionado pelo assunto na rádio Cadena Ser, Miguel Angel Moratinos recordou as críticas formuladas já pela Comissão Europeia ao uso da «golden share», afirmando que agora há que esperar que as instituições comunitárias se pronunciem.

«Cada Governo assume a sua própria responsabilidade. Existem normas, instituições e uma integração económica e financeira diferente», afirmou Moratinos, sublinhando que «na nova Europa» essas questões serão discutidas a nível comunitário.

Moratinos explicou que a opinião pública «tem que começar a entender» que se vive um momento de «mudanças profundas» na sociedade internacional e que a Europa se está a preparar «com dificuldade, rigor e até, por vezes, com dor» para ser uma entidade com um espaço público que lhe permita competir e defender o seu modelo.

Fonte do Ministério da Economia disse à Lusa que não haveria qualquer comentário à decisão sobre o uso da «golden-share» na Assembleia-geral da PT por se tratar de uma acção do Governo português e por envolver empresas privadas.

Na quarta-feira, o representante do Estado utilizou as acções preferenciais para vetar a compra da parte da PT na Vivo, por parte da Telefónica, inviabilizando o negócio, que mereceu a concordância de cerca de 74% dos accionistas.

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