No entanto, a resposta do rei não terá sido satisfatória às suas preocupações. Apesar das questões não tenham sido resolvidas, a duquesa terá avançado e não guarda rancor
Meghan Markle terá escrito uma carta ao sogro, o rei Carlos III, após a entrevista que deu a Oprah Winfrey em 2021, para expressar as suas preocupações com o racismo inconsciente vivido no seio da família real, avança o jornal The Telegraph que cita fonte próxima. A informação de que Meghan Markle e Carlos III trocaram correspondência sobre o assunto surge depois de ter sido confirmado que o príncipe Harry vai marcar presença na coroação enquanto a duquesa de Sussex e os filhos, os príncipes Archie e Lilibet, vão permanecer nos Estados Unidos.
De acordo com a mesma fonte, na carta, a duquesa revela ainda qual o membro da família britânica que especulou sobre o tom de pele do príncipe Archie antes do seu nascimento, sendo que quer o rei quer Meghan reconhecem que a observação não terá sido feita com malícia.
Apesar da carta da duquesa sugerir que nunca teve a intenção de acusar a pessoa de ser racista, mas sim de levantar preocupações sobre preconceito inconsciente, a resposta do rei não terá sido satisfatória às suas preocupações. Pese embora as questões não tenham sido resolvidas, a duquesa terá avançado e não guarda rancor.
Fonte real revela ainda que Meghan Markle agradeceu a Carlos III pelas suas palavras e que, embora a troca de correspondência fosse tensa, tal não atenuou a tensão entre os dois lados, ao contrário do que aconteceu com a divulgação da série da Netflix e do livro de memórias do príncipe Harry.
Outro dos episódios que também é assinalado pela reportagem do Telegraph como não tendo ajudado às preocupações de Meghan Markle foi a demissão de Susan Hussey, assistente do rei Carlos III e da rainha-consorte Camilla, em novembro, depois de ter feito "comentários inaceitáveis" à diretora de uma instituição de caridade durante um evento oficial oferecido por Camilla para denunciar a violência contra as mulheres.
No evento, no Palácio de Buckingham, Susan Hussey fez comentários "profundamente lamentáveis", alegadamente de natureza racista, a Ngozi Fulani, diretora da instituição de violência doméstica Sistah Space, sediada em Londres. Em comunicado, o Palácio de Buckhingham revelou que o incidente foi "levado muito a sério" e que "a pessoa em questão deseja expressar as suas desculpas pelo desgosto causado e retirou-se da sua posição honorária com efeito imediato".
Hussey viria depois a encontrar-se com Ngozi Fulani, a quem tinha questionado insistentemente sobre as “verdadeiras" origens e "de que parte de África” era, apesar de Fulani repetir que tinha nascido e crescido no Reino Unido, para esclarecer e "pedir desculpas pelos comentários feitos".
A rapidez com que o Palácio de Buckingham lidou com a situação chegou mesmo a levar Harry e Meghan a pedir a realização de uma "cimeira real" seguida de um pedido de desculpas por causa dos assuntos abordados no documentário da Netflix.