O desemprego jovem em Portugal estava ligeiramente acima da média apurada na União Europeia em 2022. Quase 7% das pessoas entre os 15 e os 29 anos em Portugal estavam em situação de desemprego no ano passado
No ano passado 4,48 milhões de pessoas entre os 15 e os 29 anos estavam desempregados na União Europeia (UE), ou seja 6,3% dos jovens. Esta percentagem representa “um mínimo histórico desde o início da série, em 2009”, altura em que 9% dos jovens nesta faixa etária se encontravam sem emprego. Portugal, apesar de ter registado uma descida no desemprego jovem face a anos anteriores, estava ligeiramente acima da média da UE, com 6,8% dos jovens em situação de desemprego, mostram os dados partilhados esta quarta-feira pelo Eurostat.
Em Portugal, no ano passado, havia 6,8% pessoas entre os 15 e os 29 anos desempregadas, menos 0,8 e 0,9 pontos percentuais (p.p) do que os valores registados, respetivamente, em 2021 e em 2020, anos que ficaram marcados pela pandemia da covid-19.
Contudo, a percentagem apurada em 2022 agravou-se em 0,2 p.p. face à registada em 2019, ano em que o desemprego jovem em Portugal atingiu os valores mais baixos, pelo menos desde 2012. Nesse preciso ano, e em 2013, as percentagens nacionais eram superiores a 15%, muito acima da média da UE verificada na altura (10,6%).
Enquanto estava no escalão dos 6% aos 7%, houve países, em 2022, que registaram taxas de desemprego jovem inferiores a 4%. É o caso da República Checa (2%), Bulgária (3,3%), Alemanha (3,3%), Hungria (3,5%) e Polónia (3,5%).
Inversamente, esta percentagem era superior a 8% em Espanha (11,2%), na Grécia (10,6%), na Suécia (10,3%) e no Chipre (8,8%).
Olhando para a trajetória feita por cada um dos Estados-membros de 2021 para 2022, a taxa de jovens desempregados diminuiu na maioria dos países da UE, com exceção dos valores apurados no Chipre, Letónia, Roménia e Estónia, que aumentaram 0,1, 0,1, 0,3 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente.