Comissão Nacional do PS aprova datas do congresso e das eleições numa "reunião serena"

Agência Lusa , PP
18 nov 2023, 15:50
Comissão Nacional do PS (Fotos Lusa/ Manuel Almeida)

“Os 25 membros da Comissão Nacional do PS que usaram da palavra expressaram reconhecimento a António Costa” pelo seu trabalho “notável” ao longo de quase nove anos como líder do partido e como primeiro-ministro durante oito anos, afirmou o secretário-geral adjunto do PS, João Torres

A Comissão Nacional do PS aprovou hoje, por ampla maioria, a marcação do congresso para 06 e 07 de janeiro e as eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral socialista para 15 e 16 de dezembro.

Este calendário foi confirmado aos jornalistas pelo secretário-geral adjunto do PS, João Torres, no final da reunião do órgão máximo socialistas entre congressos.

“Por ampla maioria”, segundo João Torres, a Comissão Nacional do PS revogou também o calendário interno que tinha aprovado antes da crise política, que incluíam eleições para órgãos concelhios e federativos, e ajustou as datas do congresso e das eleições diretas para secretário-geral, tendo em vista a realização de eleições legislativas antecipadas em 10 de março.

Ainda segundo João Torres, “os 25 membros da Comissão Nacional do PS que usaram da palavra expressaram reconhecimento a António Costa” pelo seu trabalho “notável” ao longo de quase nove anos como líder do partido e como primeiro-ministro durante oito anos.

Em relação às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, declarou: “O PS não se confunde em relação aos seus adversários”.

“Os adversários do PS são a direita. São partidos que, como os portugueses sabem, quando em funções governativas, cortam salários e pensões, enfraquecem o Estado Social e também não conseguem contas certas”, acrescentou.

Interrogado se houve confronto entre apoiantes de José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos, candidatos à liderança do PS, o “numerou dois” da direção dos socialistas respondeu: “Foi uma reunião serena”.

Secretário-geral adjunto do PS apoia candidatura de Pedro Nuno Santos à liderança

O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, manifestou também o seu apoio à candidatura do ex-ministro Pedro Nuno Santos à liderança dos socialistas, considerando que é quem melhor salvaguarda a autonomia estratégica deste partido.

Perante os jornalistas, João Torres referiu que conhece Pedro Nuno Santos “há mais de 20 anos” e advogou que o ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação está em melhores condições para “mobilizar e galvanizar” o eleitorado desta força políticas para as legislativas antecipadas de 10 de março, tendo em vista uma vitória.

“Pedro Nuno Santos, que pertenceu muitos anos aos governos liderados por António Costa, é talvez o primeiro corresponsável por o PS ter salvaguardado a sua autonomia estratégica em quatro anos de Governo da Geringonça”, sustentou, numa alusão aos resultados eleitorais nas legislativas de 2015 que permitam a formação de um executivo deste partido com o suporte parlamentar do Bloco de Esquerda, PCP e PEV.

João Torres citou depois o antigo líder socialista Ferro Rodrigues: “O PS é um partido de esquerda e de centro”.

“Pedro Nuno Santos está à altura de promover a mobilização e galvanização, conseguindo a agregação do eleitorado do PS com a proposta política que será apresentada para essas eleições legislativas”, acrescentou.

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