Coreia do Sul denuncia invasão da zona de defesa aérea por aviões de guerra chineses e russos. Moscovo e Pequim confirmam "patrulhas conjuntas"

CNN Portugal , BC - atualizada às 10:00
30 nov 2022, 06:20
Exercícios militares em Taiwan (AP Photo)

Coreia do Sul mobilizou caças para monitorizar ameaça

As Forças Armadas da Coreia do Sul adotaram "medidas táticas" depois de aviões de guerra chineses e russos terem entrado "temporariamente" no seu espaço aéreo esta quarta-feira, avançou a agência sul-coreana Yonhap, citada pela Reuters.

Os aviões de guerra não chegaram violar espaço aéreo de Seul, entrando na zona de identificação de defesa aérea, uma parcela adicional definida pelas autoridades de cada país que se estende para lá do espaço aéreo, sobre água ou terra, e na qual as forças de segurança procuram desde logo identificar, localizar ou controlar eventuais ameaças de aeronaves no interesse da segurança nacional. 

Segundo o Estado-Maior da Coreia do Sul, os dois aviões de guerra chineses, bombardeiros H-6, entraram repetidamente na zona de defesa aérea de Seul, uma primeira vez perto das seis da manhã, hora local - cerca das 21:00 em Lisboa - e voltaram a entrar horas depois, a partir do Mar do Japão, já acompanhados pelos russos, seis bombardeiros TU-95 e caças SU-35. Em resposta, a Coreia do Sul mobilizou caças para monitorizar a ameaça.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou entretanto, citado pela agência russa RIA, que foram feitas patrulhas conjuntas com a China e que as aeronaves agiram de acordo com a lei internacional e não violaram o espaço aéreo de outros países.

Também a Defesa chinesa confirmou a patrulha aérea conjunta, dizendo que faz parte do "plano de cooperação militar anual" dos dois países e que decorreu sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental.

 

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