"Sem jornalistas não há jornalismo". Marcelo pede que o Estado "não se alheie" da crise dos media

18 jan, 19:30

Chefe de Estado pediu transparência sobre quem são os donos dos media

O Presidente da República pediu esta quinta-feira que o Estado “não se alheie nunca” de um debate essencial, o da crise na Comunicação Social.

Presente no Congresso dos Jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que não há jornalismo sem os jornalistas, afirmando que é necessária uma “base de entendimento ampla” para resolver o problema.

“Sem jornalistas, é bom que se perceba isto, não há jornalismo”, sublinhou, arrancando aplausos da sala, e já depois de ter apontado algumas das possíveis causas para a crise nos media.

Entende Marcelo Rebelo de Sousa que a combinação das várias crises económicas - Troika, pandemia e guerras - veio agudizar um problema já existente, e que surgiu num "crepúsculo" iniciado no século XXI.

O Presidente da República defendeu também que é preciso garantir que há transparência sobre quem são os grupos que controlam os media e quais os interesses que os move.

O chefe de Estado argumentou que a situação do setor dos media é muito crítica e é altura para estudar soluções.

“Tudo isto torna inevitável que haja transparência no saber quem lidera o quê na comunicação social, com que projetos editoriais, com que modelos, com que perfis e viabilidade de dar vida ao setor“, defendeu.

Em segundo, Marcelo apelou que os proprietários e gestores dos meios, todos eles, estejam em constante interação e mantenham uma plataforma de diálogo com os jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou, assim, que só “com transparência e com critérios gerais e abstratos, sempre que possível, olhando do lado de espetadores, ouvintes e leitores” e com planos de literacia focados nos jovens, na cobertura de públicos diferenciados ou “na garantia do papel dos meios públicos de comunicação social” é possível abordar o problema dos media.

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