O TUMO, é o primeiro centro de tecnologias criativas do país e abriu portas em Coimbra. A Fundação ”la Caixa” e o BPI associam-se a este projeto educativo inovador, quer no seu formato, quer no seu conteúdo que dá a oportunidade a jovens entre os 12 e os 18 anos de adquirirem conhecimentos em diversas áreas complementares ao ensino tradicional, sem custos para as famílias.
Coimbra é conhecida pela sua Universidade, a mais antiga em Portugal e uma das mais antigas da Europa, que ao longo do tempo lhe moldou a imagem e mostrando como o saber não ocupa lugar. A “cidade dos estudantes” abre portas agora a um projeto pedagógico complementar ao ensino tradicional acessível a todos.
Chama-se TUMO, e trata-se de um centro de tecnologias criativas que ambiciona dotar uma geração com capacidades para o futuro com um modelo diferenciador e inclusivo, sem requisitos de entrada, sem exames e sem diplomas no final. É um método de aprendizagem nunca antes aplicado em Portugal, em que se dá primazia ao conhecimento em ação e os jovens podem dar vida à imaginação com as próprias mãos e adquirir competências sociais e profissionais.
São 2000 m² de instalações dotadas da mais alta tecnologia no emblemático edifício dos Correios, no centro da cidade, uma iniciativa impulsionada pela Fundação ”la Caixa” e o BPI, que tornam possível o TUMO Coimbra e o seu programa educativo inovador, totalmente gratuito para um milhar de jovens entre os 12 e os 18 anos.
Para Artur Santos Silva, Curador da Fundação ”la Caixa” e Presidente Honorário do BPI, “Associamo-nos a este projeto pelo grande potencial que lhe reconhecem para a renovação do sistema de ensino em Portugal, pelo contributo que poderá dar para a afirmação de Coimbra e pela credibilidade e prestígio de todos os parceiros envolvidos”.
Este centro, ao qual se podem candidatar jovens de diferentes realidades socioeconómicas e zonas do país, visa reforçar não só as competências tecnológicas, mas também, fomentar nos jovens um sentido de responsabilidade, compromisso e disciplina, convidando-os a criarem com orientação e apoio adequados, o seu próprio futuro profissional. O centro é especializado principalmente em conteúdos relacionados com Modelação 3D, Animação, Desenvolvimento de Jogos, Programação, Música, Design Gráfico, Cinema e Robótica, e permite que cada estudante escolha a sua própria aprendizagem nas três áreas da sua preferência.
O plano pedagógico é feito ao ritmo do aluno e por isso não se fala de anos letivos. Cada jovem pode levar o tempo que precisar até concluir o seu projeto, passando por várias etapas e um conjunto de atividades modulares com níveis crescentes de dificuldade que culminam na elaboração de projetos individuais ou de grupo. No entanto, é preciso frequentar o centro TUMO duas vezes por semana, durante duas horas, onde não há professores mas mentores que acompanham o desempenho e orientam o aluno para atingir o seu máximo potencial. Outro aspeto que diferencia este programa, é que a criatividade e a autoconfiança dão lugar ao exame ou nota final, e cada um apresenta um portfólio pessoal com o trabalho realizado e um registo individual da sua aprendizagem nas áreas em que decidiram receber formação.
O objetivo do projeto TUMO é capacitar os jovens a lidar melhor com os desafios e oportunidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade, assente num conceito educativo e inclusivo. “Existe uma necessidade estrutural de qualificar a próxima geração para a economia digital. O acesso à educação não formal em áreas tecnológicas e criativas é tipicamente limitado a alguns alunos por meio de aulas particulares. A oferta gratuita promove a igualdade de oportunidades. A implementação de um centro TUMO é uma forma eficaz de gerar impacto imediato e alargado” conclui Pedro Santa Clara, mentor do projeto em Portugal.
O TUMO nasceu na Arménia, em 2011, e tem vindo a expandir-se com grande sucesso em todo o mundo. Atualmente, existem 14 centros espalhados pela Europa, em sete países, e 25.000 alunos ativos. Este ano, além de Portugal, inauguram-se novos centros na Alemanha e nos EUA. A sua chegada a Coimbra marca o início de uma campanha de expansão de centros de educação TUMO por todo o território nacional. O projeto em Portugal, promovido pela Shaken not Stirred e liderado pelo seu CEO, Pedro Santa Clara, conta com a colaboração de 7 entidades, entre as quais se encontra a Fundação ”la Caixa” em colaboração com o BPI.
Tumo é a abreviatura de Hovhannes Tumanyan (1869-1923), escritor e ativista arménio, e que deu nome ao parque que fica junto ao primeiro centro, em Erevan, capital e maior cidade da Arménia. A ideia foi do casal Sam e Sylva Simonian, nascido e criado em Beirute, e que estudaram nos EUA, num reconhecimento pelo que organizações arménias fizeram pela sua educação.
